Transição Energética para o Estado de São Paulo é tema de Centro de Pesquisa da UNICAMP

imagem mostra logo do centro paulista de estudos da transição energética

“Aproximar a Universidade da gestão pública de energia no Estado e contribuir com o governo para que São Paulo faça uma transição energética mais adequada e acelerada”. Luiz Carlos da Silva, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação da Universidade Estadual de Campinas (FEEC/Unicamp) e coordenador do GGUS – Grupo Gestor Universidade Sustentável (DEPI) , é categórico ao afirmar que a transição para fontes renováveis é uma das saídas para mitigar os impactos das mudanças climáticas. Foi a partir desse debate que se constituiu o Centro Paulista de Estudos da Transição Energética (CPTEn), aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) no programa Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs).

O CPTEn promoverá pesquisas interdisciplinares a partir de oito eixos temáticos, reunindo engenheiros, economistas, advogados, educadores, cientistas da computação, políticos, geólogos e jornalistas. Essa ação se soma ao trabalho que vem sendo realizado desde agosto de 2017 na Cidade Universitária Zeferino Vaz, sede da Unicamp em Campinas.

“O projeto, que terá duração de cinco anos, só foi possível porque já tínhamos um laboratório vivo, o campus da Unicamp, para estudar problemas e as soluções utilizadas nas cidades do futuro. No Laboratório Vivo de Transição, Eficiência e Sustentabilidade Energética Campus Sustentável foi possível identificar problemas de gestão em um ambiente real, onde convivem diariamente cerca de 50 mil pessoas e onde há uma rede própria de energia elétrica, além de um sistema de mobilidade urbana. Esse ambiente serve de espaço de experimentação”, destaca o professor, assinalando a possibilidade de transposição das iniciativas para fora do ambiente universitário.

foto mostra professor luiz carlos pereira falando ao microfone
Luiz Carlos Silva: “O projeto do CPTEn só foi possível porque já tínhamos um laboratório vivo, o campus da Unicamp”  (foto: Antonio Scarpinetti)

Segundo o coordenador do CPTEn, a matriz energética brasileira é majoritariamente renovável, mas a produção de energia é um dos fatores de alto impacto ambiental, dadas as enormes emissões de poluentes ligadas ao setor. Além disso, o cenário nacional apresenta significativas falhas de eficiência.

“No Estado de São Paulo, são 30 mil unidades consumidoras ligadas à gestão estadual nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Entre elas, temos 5 mil escolas públicas, hospitais e presídios”, exemplifica. São essas instalações com diferentes características que o CPTEn pretende estudar, buscando reduzir o desperdício.

O Brasil oferece acesso universal à energia elétrica, hoje disponível para mais de 99% da população. Mas é possível melhorá-lo. “Uma parcela dos consumidores tem acesso precário a ela, principalmente na Região Amazônica. Um dos temas que pretendemos abordar no CPTEn são soluções baseadas em energias renováveis para essas comunidades isoladas”, explica o coordenador.

O planejamento engloba também a formação de profissionais e usuários. “Um problema que atacaremos está na área de educação e capacitação, a chamada “reeducação energética”. As pessoas precisam reaprender a conviver com a energia, pois o desperdício contribui para a situação insustentável que vivemos”, explica. Isso é necessário, pois a transição energética traz muitas mudanças nas tecnologias associadas à produção, uso e gestão da energia elétrica. 

foto mostra locais da unicamp com placas de energia fotovoltaica
Iniciativas implementadas na Unicamp atuam em direção à transição energética. No campus de Barão Geraldo, painéis de energia fotovoltaica geram 534 kWp de energia (fotos: divulgação)

Outra questão a ser aprofundada no CPTEn é a contratação de energia. “Esperamos atuar para que os agentes públicos, grandes consumidores de energia, possam migrar para o mercado livre e assim comprar uma energia mais barata, diminuindo os custos dos serviços prestados pelo Estado, o que terá efeitos nos custos arcados pela sociedade”, esclarece. Conforme o pesquisador, essa ação visa a atingir cerca de 30 mil unidades consumidoras somente no Estado de São Paulo, podendo beneficiar também agentes públicos espalhados por todo o país. Organizado em dois grupos, o mercado de energia brasileiro é formado pelo Ambiente de Contratação Regulada (ACR) e o Ambiente de Contratação Livre (ACL). No ACL, existe concorrência entre os fornecedores para atender aos grandes clientes. A Unicamp, por exemplo, compra energia do ACL há quase duas décadas, economizando anualmente cerca de 10 milhões de reais. Nesse ambiente, a energia é mais barata, uma vez que os contratos são de longo prazo e há concorrência entre fornecedores. Com isso, alcança-se uma redução de 20% a 30%, comparado ao preço do ACR. Entretanto, a Unicamp é a única universidade pública inserida nessa negociação.

Acesso à informação 

Outra inovação que o Centro Paulista de Transição Energética (CPTEn) propõe é o Plano de Comunicação (PaCom), estimulando uma mudança cultural para o fomento da sustentabilidade. De acordo com Barbara Teruel, professora da Faculdade de Engenharia Agrícola (Feagri) e coordenadora de comunicação do CPTEn, o acesso à informação científica é indispensável para a participação das pessoas nas tomadas de decisões de uma sociedade. Uma das principais atividades dessa estratégia é a produção de conteúdos sobre as pesquisas em desenvolvimento para público amplo e especializado.
 
“A meta é possibilitar que as realizações do Centro estejam acessíveis e façam sentido aos diversos públicos, contribuindo não apenas para o desenvolvimento dos diferentes projetos, mas também com uma mudança cultural que fomente a inovação e a sustentabilidade”, pondera a coordenadora. Além disso, o PaCom contribuirá para a formação de comunicadores e divulgadores de Ciência.

foto mostra ônibus elétrico que circula pela unicamp
Ônibus elétrico compõe a frota de circulares internos do campus. Um dos objetivos do Centro é fomentar uma mudança cultural na sociedade (foto: divulgação)  

Parcerias

O CPTEn conta com uma série de parceiros. Entre as universidades brasileiras, estão: Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo — campus Avançado São Paulo, Universidade Presbiteriana Mackenzie, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” — campi Sorocaba e São João da Boa Vista, Universidade de São Paulo, Universidade Federal de Goiás e Centro de Tecnologia de Informação Renato Archer. Dentre as estrangeiras, a Lappeenranta-Lahti University of Technology e a Delft University of Technology (TUDELFT), dos Países Baixos.  As empresas Companhia Paulista de Força e Luz, Companhia Piratininga de Força e Luz, Companhia Jaguari de Energia, RGE Sul Distribuidora de Energia S.A, Empresas Centrais Elétricas Brasileiras S.A. (Eletrobras) e a Radaz Indústria e Comércio de Produtos Eletrônicos Ltda, bem como a Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo também apoiam o Centro. 

Hugo Figueroa, professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e Computação (FEEC) e coordenador de parcerias do CPTEn destaca a importância das parcerias para a proposta. “A interação com essas instituições-parceiras permitiu a elaboração de um plano de trabalho com alto grau de originalidade, harmonioso, coerente e de altíssimo nível científico e de inovação, alinhado com a realidade do mercado e visando soluções efetivas para os problemas urgentes da sociedade paulista na questão da transição energética.”

Essas empresas mantêm um histórico de colaboração com os vários grupos de pesquisa da Unicamp que compõem a equipe do CPTEn. O objetivo é consolidar as atuais parcerias e ampliá-las, promovendo a conexão desse ecossistema com a academia e a indústria.

Formação

Mais de 165 pessoas estiveram envolvidas no desenvolvimento do Centro Paulista de Transição Energética (CPTEn). Dulcineia Cruz, graduanda da Faculdade de Engenharia Mecânica (FEM) da Unicamp, é bolsista no Campus Sustentável e participou da elaboração do Centro. Ela ressalta a importância desse percurso e o quanto tem aprendido sobre energias renováveis e eficiência energética. 

“Foi algo incrível participar do CPTEn desde seus primeiros passos. Como estudante da graduação, trabalhar ao lado de pessoas engajadas com a transição energética tem sido bastante motivador. A dedicação da equipe foi enorme”, finaliza.

Autor

Inácio de Paula – Campus Sustentável

Fotos

Divulgação

Câmara Técnica de Gestão Campus Inteligente do GGUS-DEPI lança mapa e painel de controle em tempo real sobre dispositivos conectados à rede Wi-Fi da UNICAMP

O dashboard “UNICAMP – Conexões por ponto de Wi-Fi, em tempo real”, idealizado pela Câmara Técnica de Gestão Campus Inteligente – CTGCIn (que faz parte do Grupo Gestor Universidade Sustentável – GGUS/DEPI), está no ar e mostra a distribuição geográfica e o número de dispositivos (como celulares, notebooks etc.) conectados à rede sem fio conhecida como eduroam. O número de conexões por AP (Access Point, que é o transmissor de sinal de Wi-Fi) é atualizado a cada 2 minutos, o que permite visualizar, em tempo real, a quantidade de aparelhos conectados a esta rede e estimar a distribuição geográfica de pessoas no campus. É importante destacar que este sistema não coleta qualquer identificação pessoal, ocorrendo apenas a contagem de dispositivos por AP.

O Centro de Computação da Unicamp (CCUEC) já possuía a informação do número de conexões por AP, mas a ideia foi de disponibilizá-la através de um dashboard (ou painel de controle) contendo um web map dinâmico, interligado a indicadores e gráficos também dinâmicos. Para isso, a equipe técnica da Coordenadoria de Geoprocessamento (CGEO), área pertencente à Coordenadoria de Sustentabilidade (CSUS) da DEPI/GR/UNICAMP, utilizou a plataforma ArcGIS para viabilizar a integração dos dados entre CCUEC e o banco de dados geográficos de distribuição dos APs no campus, através do servidor de dados em tempo real ArcGIS GeoEvent.

A equipe técnica do CCUEC padronizou e disponibilizou a fonte de dados que, por sua vez, alimenta diretamente o banco de dados geográficos com informações como o número de conexões e o status do AP. Essas informações são mostradas em forma de mapas temáticos quantitativos e qualitativos, com diferentes camadas (representadas, por exemplo, como mapa de calor) e integradas ao mesmo banco de dados. O web map também está interligado aos indicadores e gráficos, todos atualizados automaticamente. O próximo passo neste projeto é o mapeamento dos APs internos das unidades. Isto acontecerá por meio da disponibilização de uma ferramenta para os administradores de TI cadastrarem os equipamentos que estão dentro do domínio das diferentes unidades de ensino e pesquisa.

Esta iniciativa abre várias possibilidades de novas integrações com sistemas e dispositivos inteligentes que geram informações que possam ser visualizadas em web maps dinâmicos e em tempo real. A disponibilização de informações georreferenciadas de transporte urbano e mobilidade, sistemas de monitoramento (fauna silvestre nos corredores ecológicos, monitoramento dos reservatórios e de enchentes, segurança) entre outros que subsidiam a gestão e o planejamento da Universidade vai ao encontro da construção de um campus realmente “inteligente”.

A CTGCIn, criada em outubro de 2018, é composta pelos/as docentes Juliana Freitag Borin (IC – coordenadora da CTGCIn), Henrique Cândido de Oliveira (FECFAU), Ieda Kanashiro Makiya (FCA) e Leandro Tiago Manera (FEEC) e pelos/as profissionais Cleusa Regina Manga Ribeiro Milani (profissional TI/CITIC), Rachel de Carvalho Paschoalino (profissional TI/CCUEC), Rafael Pereira de Sousa (profissional TI/Prefeitura Universitária), Tania Almeida (colaboradora aposentada UNICAMP) e Vanderlei Braga (geógrafo/DEPI-Geoprocessamento), atuando na proposta de diretrizes para nortear o desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias que visem tornar os campi da universidade mais inteligentes.

Além disso, a câmara busca promover a integração de diferentes soluções tecnológicas (nas camadas de conectividade, dados e aplicações) de campus e cidade inteligente desenvolvidas na Universidade. Para isso, a articulação entre órgãos, unidades e grupos da universidade que têm intersecção com essa temática tem sido fundamental. Em breve, a equipe da câmara ampliará sua interação com a comunidade por meio da disponibilização de um mapa colaborativo onde pessoas ligadas à Unicamp que tenham projetos que utilizam dispositivos inteligentes (como sensores, atuadores, medidores inteligentes) poderão indicar a localização destes equipamentos. Este mapeamento potencializará parcerias entre diferentes projetos promovendo a migração de um campus digital para um campus inteligente.

Para acessar o Atlas UNICAMP:

Círculos proporcionais e mapa de calor representando o número de conexões por AP em tempo real, às 11:30 hs do dia 19/05/2022.

Círculos proporcionais e mapa de calor representando o número de conexões por AP em tempo real, às 16:00 hs do dia 19/05/2022.

Buffers de 50 metros e número de conexões por AP em tempo real, às 9:15 do dia 20/05/2022.

Fórum Permanente Especial: Desafios da Sustentabilidade, será realizado entre de 4 à 7 de junho de 2022

O alcance de uma sociedade sustentável está entre os maiores desafios do nosso século. Sensível a este tema, a UNICAMP reafirma o seu compromisso institucional inequívoco com a sustentabilidade.

Levando-se em consideração que o ano de 2022 marca os 50 anos da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo em junho de 1972, bem como os 30 anos da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (Rio 92), a UNICAMP realizará uma edição especial do seu programa Fórum Permanente, de 4 à 7 de junho de 2022, denominado “Desafios da Sustentabilidade”, para resgatar a importância destas datas, bem como lançar o Observatório da Sustentabilidade UNICAMP.

Inspirado pelos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas), o Fórum terá 21 mesas para debater os desafios do alcance da sustentabilidade com a participação de especialistas nestes temas . O evento contará, ainda, com oficinas educativas, atividades culturais, vídeo-banners  estandes com apresentação de práticas sustentáveis na UNICAMP.

Programação Completa:

Detalhes do evento

Período do evento: 04/06/2022 a 07/06/2022
Período de inscrição: 23/05/2022 a 05/06/2022

Vagas: 840

Evento: GRATUITO
A participação presencial dá direito a certificado.

OBS: Será obrigatório a apresentação de comprovantes de vacinação COVID-19 e uso de máscaras. 

Locais: IMECC, Museu Exploratório de Ciências, Casa da Lago e Auditórios do Centro de Convenções da UNICAMP.

Organizadores:

Fernando Antonio Santos Coelho | ProEC / UNICAMP.
Marcelo Cunha | GR /UNICAMP. 
Roberto Donato da Silva Júnior | GR / UNICAMP.

Comissão Organizadora Científica

Edson Tomaz – FEQ
Leila da Costa Ferreira – IFCH
Leonardo Tomazeli Duarte – FCA
Luís Renato Vedovato – FCA
Vanessa Gomes da Silva – FECFAU
Rubens Bedrikow – FCM
Thalita Dalbelo – DEPI
Wagner de Melo Romão – IFCH
Wesley Rodrigues Silva – IB
Zigomar Menezes de Souza – FEAGRI

Realização e Organização: Gabinete do Reitor | GR – Pró-Reitoria de Extensão e Cultura / ProEC.

audiodescrição: fotografia colorida da coordenadora de sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo
Coordenadora de Sustentabilidade da DEPI-UNICAMP, Thalita Dalbelo, participa da organização do evento. (foto: Antonio Scarpinetti)

PROGRAMAÇÃO

04/06 (sábado)

9h às 17h30 – Oficinas Educativas – Desafios da Sustentabilidade (Clique aqui para programação das oficinas)
Abertas ao público com idade e formação acadêmica variadas. A participação dá direito a Declaração e carga horária.

Local: IMECC e Museu Exploratório de Ciências | UNICAMP.


05/06 (Domingo)

10h às 13h – Atividades Culturais “Domingo no Lago” – Desafios da Sustentabilidade

10h – Peça teatral “A viagem de um canudinho”.

11h – Toré com indígenas da etnia Kariri-Xocó, de Alagoas.

12h – Filme: “Fora de onde?” com a presença da atriz e doutoranda da UNICAMP, Pamella Villanova.

Local: Espaço Multiuso Casa do Lago UNICAMP.

15h – CREDENCIAMENTO

Centro de Convenções da UNICAMP.

16h – Cerimonial Oficial de Abertura – Autoridades.

Apresentação do Coral “Zíper na Boca”, Maestrina Vivian Nogueira.

Lançamento do Observatório da Sustentabilidade da UNICAMP.

Local: Auditório 3 | Centro de Convenções da UNICAMP.

16h30 às 18h – Mesa Inaugural – Sustentabilidade e Governança.

Mediadora: Lilian de Souza |Jornalista e Apresentadora.

Debatedor 1: Roberto Pereira Guimarães | FGV / RJ.

Debatedora 2: Thelma Krug | IPCC.

Debatedora 3: Izabella Teixeira |ONU. 

18h às 21h – Atividade Sociocultural Casa do Lago UNICAMP.


06/06 (segunda-feira)

8h – CREDENCIAMENTO

8h30 às 10h – ODS 01 – Erradicação da pobreza: acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares.

Local: Auditorio 3

Mediadora: Rachel Meneguello | PRPG.

Debatedor 1: Prefeitura de Piracicaba. (a confirmar)

Debatedores 2: Vandecleya Mouro | Secretária de Assistência Social, Pessoa com Deficiência e Direitos Humanos e Gustavo di Tella Ferreira / Secretário Municipal de Trabalho e Renda /Prefeitura de Campinas.

Debatedor 3: Mario Botion | Prefeito de Limeira.

10h às 10h30 – Coffee Break | vídeo-banners e estande

Local: Ginásio Multidiciplinar da UNICAMP | GMU.

10h30 às 12h – ODS 02 – Fome zero e agricultura sustentável: acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição e promover a agricultura sustentável.

Local: Auditório 1

Mediador: Vanilde Esquerdo | FEAGRI / UNICAMP.

Debatedor 1: Zigomar Menezes de Souza | FEAGRI / UNICAMP.

Debatedor 2: Antonio Márcio Buianain| IE / UNICAMP.

Debatedora 3: Lucia da Costa Ferreira | IFCH/UNICAMP.

10h30 às 12h – ODS 07 – Energia limpa e desenvolvimento sustentável.

Local: Auditório 2

Mediador: Marcelo Pereira da Cunha | IE /UNICAMP.

Debatedor 1: Luiz Augusto Horta Nogueira | UNIFEI.

Debatedor 2: Marco Aurélio Pinheiro Lima | IFGW / UNICAMP.

Debatedor 3: Gonçalo Amarante Guimarães Pereira | IB /UNICAMP.

10h30 às 12h – ODS 03 – Saúde e bem-estar: assegurar uma vida saudável e promover o bem-estar para todos, em todas as idades.

Local: Auditório 3

Mediadora: Julicristie Machado de Oliveira | FCA / UNICAMP.

Debatedor 1: Paulo Saldiva | FM / USP.

Debatedora 2: Silvia Santiago DeDH | FCM / UNICAMP. 

Debatedor 3. (a confirmar).

13h30 CREDENCIAMENTO

14h às 15h30 – ODS 04 – Educação de qualidade: assegurar a educação inclusiva, e equitativa e de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos.

Local: Auditório 3

Mediador : Sandro Tonso | FT / UNICAMP.

Debatedora 1: Débora Cristina Jeffrey | FE / UNICAMP.

Debatedor 2: Marcos Sorrentino | UFBA.

Debatedora 3: Maria do Rosário Longo Mortatti | FFC / UNESP.

14h às 15h30 – ODS 05 – Igualdade de gênero: alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas.

Local: Auditório 1

Mediadora: Anna Christina Bentes | IEL / UNICAMP.

Debatedora 1: Sônia Regina da Cal Seixas | IFCH/NEPAM / UNICAMP.

Debatedora 2: Paula Franco Moreira | Hivos.

Debatedora 3: Ana Maria Fonseca de Almeida | FE/ UNICAMP.

14h às 15h30 – ODS 06 – Água limpa e saneamento: garantir disponibilidade e manejo sustentável da água e saneamento para todos.

Local: Auditório 2.

Mediador: Roberto Luiz do Carmo | IFCH / UNICAMP.

Debatedor 1: Manuelito Pereira Magalhães Júnior | Presidente da SANASA.

Debatedora 2: Ana Elisa Abreu | IG / UNICAMP.

Debatedor 3: Marina/Ilha/FECFAU (a confirmar).

15h30 às 16h – Coffee Break / vídeo-banners e estande

Local: Ginásio Multidiciplinar da UNICAMP | GMU.

16h às 17h30 – ODS 07 – Energia limpa e acessível: garantir acesso à energia barata, confiável, sustentável e renovável para todos.

Local: Auditório 3

Mediadora: Bruna de Souza Moraes | NIPE/UNICAMP. 

Debatedor 1: Luiz Carlos Pereira da Silva | FEEC / UNICAMP.

Debatedor 2: Arnaldo Cesar Walter | FEM / UNICAMP.

Debatedor 3: Célio Bermann |IEE/USP. (a confirmar).

16h às 17h30 – ODS 09 – Indústria, inovação e infraestrutura: construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável,  e fomentar a inovação.

Local: Auditório 2

Mediador: Newton Frateschi | Prefeitura de Campinas.

Debatedora 1: Ana Frattini | Inova/UNICAMP.

Debatedor 2: Fernando Galembeck | IQ/UNICAMP. 

Debatedor 3: Bruno Moreira |Inventta.

16h às 17h30 – ODS 10 – Redução das desigualdades: reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles.

Local: Auditório 1

Mediador: Wagner Romão | IFCH / UNICAMP.

Debatedor 1: Rubens Bedrikow | FCM / UNICAMP.

Debatedor 2: Elizeu Soares Lopes | Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo.

Debatedor 3: (a confirmar).


07/06 (terça-feira)

8h CREDENCIAMENTO

8h30 às 10h – ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tornar as cidades e os assentamentos humanos e inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis.

Local: Auditório: 2

Mediador: Álvaro de Oliveira Dantona | FCA/UNICAMP.

Debatedora 1: Vanessa Gomes da Silva | FECFAU/UNICAMP.

Debatedor 2: Mariano Laplane | IE / UNICAMP.

Debatedora 3: Sarah Habersack | GIZ Brazil.

8h30 às 10h – ODS 12 – Consumo e produção responsáveis: assegurar padrões de consumo sustentáveis.

Local: Auditório 1

Mediadora : Emilia Wanda Rutkowski | FECFAU / UNICAMP. 

Debatedora 1: Maria Teresa Pedrosa Silva Clerici | FEA / UNICAMP.

Debatedor 2: Ademar Romeiro | IE / UNICAMP.

Debatedora 3: Fátima Portilho | UFRRJ.

8h30 às 10h – ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima: tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos.

Local : Auditório: 3

Mediador: Jurandir Zullo Junior | CEPAGRI / UNICAMP.

Debatedora 1: Leila da Costa Ferreira | IFCH/ UNICAMP.

Debatedor 2: Paulo Artaxo | USP. 

Debatedora 3: Flávia Bellaguarda de Castro Chuery | LACLIMA.

10h às 10h30 – Coffee Break | vídeo-banners e estande

Local: Ginásio Multidiciplinar da UNICAMP | GMU.

10h30 às 12h – ODS 08 – Trabalho decente e crescimento econômico promover o crescimento sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo, e trabalho decente para todos.

Local: Auditório 3

Mediadora: Sandra Gemma | FCA/UNICAMP.

Debatedor 1: Silvio Beltramelli | PUC-Campinas / Ministério Público.

Debatedor 2: Ricardo Luiz Coltro Antunes | IFCH/UNICAMP. 

Debatedora 3: Helena Francisco da Silva | Cooperativa Acácia. 

10h30 às 12h – ODS 14 – Vida na água: conservação e uso sustentável dos oceanos, dos mares, e dos recursos marinhos para o desenvolvimento sustentável.

Local: Auditório 1

Mediadora: Cristiana Seixas | Nepam/ UNICAMP.

Debatedor 1: Alexander Turra | IO-USP.

Debatedora 2: Carina Costa de Oliveira/FD-UnB.

Debatedor 3: Martin Dias | Oceana.

10h30 às 12h – ODS 15 – Vida terrestre: proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda da biodiversidade.

Local: Auditório 2

Mediador : Roberto Donato da Silva Junior | FCA/UNICAMP.

Debatedora 1: Simone Vieira | NEPAM / UNICAMP.

Debatedor 2: Wesley Rodrigues | IB / UNICAMP.

Debatedor 3: Alexandre Martensen |UFSCar. 

13h30 CREDENCIAMENTO

14h às 15h30 – ODS 16 – Paz, justiça e instituições eficazes: promover sociedades pacíficas e inclusivas para o desenvolvimeto sustentável, proporcionar o acesso à justiça para todos e construir instituições eficazes, responsáveis e inclusivas em todos os níveis.

Local: Auditório 3

Mediadora: Neri de Barros Almeida | IFCH / UNICAMP. 

Debatedora 1: Ana Elisa Spaolonzi Queiroz Assis |FE / UNICAMP.

Debatedor 2: Luis Renato Vedovato | FCA / UNICAMP.

Debatedor 3: Ademir José da Silva |OAB-Campinas.

14h às 15h30 – ODS 17 – Parcerias e meios de implementação: fortalecer os meios de implementação e revitalizar a parceria global para o desenvolvimento sustentável.

Local: Auditório 1

Mediador: Paulo Sérgio Fracalanza | IE/UNICAMP.

Debatedor 1: Arlindo Philippi | USP.

Debatedor 2: Eduardo Viola | UnB.

Debatedor 3: Renzo Taddei |UNIFESP.

14h às 15h30 – Política Nacional do Meio ambiente: Legislação, Controle e Fiscalização.

Local: Auditório 2

Mediadora: Regina Clelia da Costa Mesquita Micaroni | DEPI/ GEARE /UNICAMP.

Debatedor 1: Edson Geraldo de Souza |Delegado da PF Campinas.

Debatedor 2: Marcelo Ryu | Coronel da BDAINFBL Campinas. 

Debatedora 3: Celina Rubiano da Silva | CETESB.

15h30 às 16h – Coffee Break | vídeo-banners e estande

Local: Ginásio Multidiciplinar da UNICAMP | GMU.

16h às 17h30 – Mesa de Encerramento: Ciência e Sociedade em diálogo pela sustentabilidade.

Local: Auditório 3

Mediador: Fernando Antonio Santos Coelho | ProEC/UNICAMP.

Debatedora 1: Maria Teresa Egler Mantoan | FE/UNICAMP.

Debatedor 2: Carlos Henrique Brito Cruz | UNICAMP/Elsevier.

Debatedor 3: Sergio Besserman Vianna | Puc-Rio.

17h30 – Encerramento

Para acessar a notícia original de divulgação do evento, acesse:
https://www.proec.unicamp.br/eventos/forum-permanente-especial-desafios-da-sustentabilidade-1

Projeto de implantação de corredores ecológicos e recuperação de nascentes é aprovado na UNICAMP

Proposta visa conectar fragmentos de mata nativa, contribuindo para proteção da fauna e da flora da região

audiodescrição: mapa colorido do projeto de corredores ecológicos
Projeto de corredores ecológicos visa conectar fragmentos de mata nativa 

Onça parda, lobo guará, guaxinim, veado, cachorro do mato. Esses são alguns dos animais que circulam nos arredores do campus da Unicamp em Campinas. Junto à flora da Mata Atlântica, as espécies compõem as belezas nativas do território. No entanto, estão em situação de risco devido ao avanço da urbanização e à derrubada da mata. Para permitir o trânsito seguro dos animais e recuperar as espécies da flora, o Projeto Corredores Ecológicos no Campus da Unicamp e Região foi aprovado pela Comissão de Planejamento Estratégico Institucional da Universidade (Copei). 

Os corredores ecológicos irão restabelecer e conectar remanescentes de mata nativa na região da Fazenda Argentina, área de 1,4 milhão de metros quadrados adquirida pela Unicamp em 2014. A conexão entre os fragmentos de mata deverá permitir a troca gênica das espécies de fauna e flora, evitando sua degeneração. O plano também contempla a conexão e recuperação de nascentes de água. 

A previsão é que, em cinco anos, sejam criados 217.000m² de corredores ecológicos, 300.000m² de área de plantio, 92 metros de passadores de fauna e 6.500 metros de cercamentos de corredores. O plantio está previsto para ser iniciado na próxima estação chuvosa, a partir de setembro, e seguirá o mapeamento das espécies nativas realizado pela professora do Instituto de Biologia (IB) Dionete Santin.

audiodescrição: fotografia colorida de área da fazenda argentina
Corredores serão implementados na área da Fazenda Argentina (foto: Antonio Scarpinetti)

A proposta de criação dos corredores e recuperação de nascentes integra o Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), criado para ser um distrito modelo em sustentabilidade. O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, destaca que o projeto está alinhado ao compromisso da Universidade com os Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU). Os ODS propõem metas para a eliminação de problemas globais, como pobreza, desigualdades, fome e degradação ambiental, a serem cumpridas até 2030.

“O projeto de corredores ecológicos é fundamental para que a ocupação da Fazenda Argentina e, de modo mais abrangente, de toda a área do HIDS, se dê de forma sustentável, refletindo o compromisso da Unicamp com a agenda de 2030 da ONU”, pontua Meirelles. 

Recuperação da mata nativa e das nascentes

audiodescrição: fotografia colorida de camila santos, coordenadora do serviço de áreas verdes da unicamp
Degradação da vegetação ocorreu devido à expansão urbana e ao uso do solo para agropecuária, explica a coordenadora do Serviço de Áreas Verdes da Unicamp, Camila Santos (foto: Antonio Scarpinetti)

Na área em que está localizada a Fazenda Argentina, há fragmentos da Mata Atlântica, bioma que perdeu 88% da sua vegetação nativa devido à ação humana. O distrito de Barão Geraldo, onde se localiza o campus de Campinas da Unicamp, também é caracterizado por ser uma zona de transição entre os biomas da Mata Atlântica e Cerrado, o que favorece uma grande diversidade de espécies. 

Segundo a coordenadora do Serviço de Áreas Verdes da Divisão de Meio Ambiente da Unicamp, Camila Santos, a degradação da vegetação da região se deu em razão da expansão urbana e do uso do solo para agropecuária. As características da degradação dificultam a regeneração da mata de forma natural. “Há alguns fatores que impedem que a mata se regenere. Por exemplo, aqui é uma área rural com bastante capim, um solo muito mexido por causa da agropecuária. Por isso é importante fazer os plantios”, avalia. 

audiodescrição: fotografia colorida da coordenadora de sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo
Passadores de fauna serão implementados para promover a circulação segura dos animais, aponta a coordenadora de Sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo (foto: Antonio Scarpinetti)

Outro fator decisivo para a regeneração da flora é a presença de animais. Os passadores, além de permitirem a circulação segura, irão promover a disseminação das espécies da mata. O projeto contempla passadores superiores, para fauna arborícola, e inferiores, para fauna terrestre. “Os passadores inferiores são implantados quando há uma sobreposição entre um corredor e uma via de trânsito, de forma que os animais consigam fazer a transposição”, explica a coordenadora de Sustentabilidade da Unicamp, Thalita Dalbelo. 

A conexão e recuperação de nascentes, também contemplada na proposta, será importante para propiciar água aos animais. A Fazenda Argentina abriga parte da bacia do Rio das Pedras e o Ribeirão Anhumas. Ao recompor a mata ao longo dos corpos d’água, evitam-se processos de erosão e assoreamento, garantindo melhoria na qualidade da água.  

Corredores ecológicos da Unicamp integram projeto macrorregional

audiodescrição: fotografia colorida de veado
Degradação ambiental resulta em circulação de animais em zonas urbanas; recuperação da mata nativa mitiga o problema (foto: CEMA/Unicamp)

Os corredores dão sequência às ações de preservação ambiental da DMA da Unicamp. Em 2012, observando o elevado número de atropelamentos de animais, o órgão iniciou a instalação de placas de advertência para motoristas e o cercamento parcial das Áreas de Preservação Permanente (APP) localizadas no campus. Em um ano, houve uma diminuição de 70% nos atropelamentos. 

Depois disso, teve início a implantação de corredores que interligam manchas de floresta e de APPs. Em 2016, a Prefeitura de Campinas estabeleceu o Plano Municipal do Verde, cujas resoluções foram elaboradas com a participação da Unicamp. “Foi uma contribuição nossa ao município de Campinas e agora daremos início a esse plano”, afirma Thalita.

audiodescrição: fotografia colorida de paulo de tardo, coordenador do centro de monitoramento animal da unicamp
Coordenador do Centro de Monitoramento Animal da Unicamp, Paulo de Tarso pontua que corredores ecológicos da Fazenda Argentina integram plano macrorregional (foto: Antonio Scarpinetti)

O plano prevê linhas de conectividade para Campinas e região metropolitana, dentro das quais se inserem os corredores a serem implementados na Fazenda Argentina. “Participamos desse projeto macrorregional de integração dos nossos corredores com os de fora do território da Unicamp para viabilizar a sobrevivência das espécies em toda a região. Dessa forma, teremos uma comunicação segura entre os fragmentos, evitando que os animais venham para as vias e sejam atropelados”, explica o coordenador do Centro de Monitoramento Animal (CEMA) da DMA, Paulo de Tarso. 

A previsão é que dez anos após o plantio já exista uma mata amadurecida. O monitoramento do crescimento da vegetação e do uso dos corredores pelos animais será constante. 

Proposta contribui para a persistência de espécies

Além de conectar os fragmentos de mata e recuperá-los, os corredores contribuem para o fortalecimento genético das espécies da fauna. Quando os animais estão isolados em um mesmo espaço, pode ocorrer perda da adaptabilidade e até extinção. “Possibilitar que animais de uma mesma espécie tenham contato com indivíduos de outros grupos permite a troca genética entre eles e a viabilização desses grupos no ambiente regional como um todo”, diz Paulo, idealizador do projeto.

Ele destaca que os corredores buscam devolver um equilíbrio mínimo às espécies, o que é relevante não só para elas, mas também para a saúde pública. “Sem isso, estamos sujeitos a problemas como a pandemia de Covid-19. Há microorganismos circulando em ambientes selvagens. Quando invadimos e degradamos esses espaços, eles passam a ter acesso a nós”, aponta. 

audiodescrição: fotografia colorida do professor de zoologia Wesley Silva
“A implantação dos corredores visa reduzir o impacto da fragmentação, promovendo uma conectividade maior”, diz o coordenador de patrimônio do HIDS, Wesley Silva (foto: Antonio Scarpinetti)

Os benefícios que os sistemas naturais promovem, denominados serviços ecológicos, poderão ser fortalecidos por meio do projeto. Dentre eles, a redução da temperatura e melhoria na qualidade do ar. “A implantação dos corredores visa reduzir o impacto da fragmentação, promovendo uma conectividade maior. Talvez nunca mais tenhamos uma mata contínua, mas podemos mitigar o problema. Enquanto existirem, os corredores poderão garantir uma troca mínima de genes entre populações de plantas e animais e permitir que fauna e vegetação caminhem pelos corredores, o que promove a manutenção dos serviços ecológicos”, explica o coordenador de patrimônio do HIDS e professor de Zoologia do Instituto de Biologia da Unicamp, Wesley Silva. 

Corredores ecológicos integram missão do HIDS

O Projeto Corredores Ecológicos é de responsabilidade da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) e conta com a contribuição de diversos órgãos da Unicamp. Além da Divisão de Meio Ambiente da Prefeitura Universitária, há a participação da Diretoria Executiva de Direitos Humanos (DeDH) e de unidades de ensino. O envolvimento de múltiplas áreas para a utilização do espaço como um laboratório vivo é incentivado pela Reitoria. 

audiodescrição: fotografia colorida da professor gabriela celani
“Nosso exemplo de como lidar com situações de fragilidade ambiental poderá ser uma referência para outras universidades”, afirma coordenadora do componente físico-espacial do HIDS, Gabriela Celani (foto: Antonio Scarpinetti)

Integrada ao HIDS, a proposta alinha-se à preocupação da Universidade em fortalecer ações direcionadas à sustentabilidade. A coordenadora do componente físico-espacial do HIDS e professora da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Unicamp, Gabriela Celani, indica que o projeto de ocupação da Fazenda Argentina está sendo elaborado levando em conta a proteção dos corredores ecológicos e das APPs. Redução da densidade de construções nas regiões próximas aos corredores e zonas de amortecimento são medidas que ela cita como possibilidades. 

“O projeto do HIDS e dos corredores pode servir de modelo para outras universidades. Sabemos que muitos campi estão em zonas periurbanas como a nossa e estão implantando regiões de conhecimento, áreas em que há parques tecnológicos e incubadoras de empresas. Com a aproximação de instituições de pesquisa e desenvolvimento, ocorre um processo de urbanização. Nosso exemplo de como lidar com situações de fragilidade ambiental poderá ser uma referência para outras universidades”, afirma. 

TEXTO
LIANA COLL
FOTOS
ANTONIO SCARPINETTI |CEMA/UNICAMP
EDIÇÃO DE IMAGEM
PAULO CAVALHERI

Link para a notícia Original no site do Jornal da UNICAMP:
https://www.unicamp.br/unicamp/ju/noticias/2022/05/23/projeto-de-implantacao-de-corredores-ecologicos-e-recuperacao-de-nascentes-e

O que são produtos controlados?

São produtos que oferecem riscos à segurança das pessoas e da coletividade e por isso as atividades com esses produtos são controladas e fiscalizadas por órgãos específicos. Para realizar qualquer atividade com esses produtos é necessário obedecer a legislação, obtendo autorizações e licenças, além de prestar contas regularmente das atividades desenvolvidas. 

Assim, o Exército Brasileiro controla as atividades com produtos com poder destrutivo, como explosivos, precursores de explosivos, agentes de guerra química e outros produtos de interesse militar.

Já a Polícia Federal controla as atividades com produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica.

Em São Paulo, a Polícia Civil controla as atividades com produtos agressivos, corrosivos,  explosivos, inflamáveis e outros produtos.

Cada órgão de controle estabelece a lista de produtos que controla, as atividades sujeitas a controle (fabricação, importação, exportação, comércio, armazenagem, utilização etc.) e os critérios para fornecimento e manutenção das licenças.

Principais legislações relacionadas

As principais legislações sobre o assunto estão elencadas na tabela abaixo.

Decreto nº 6.911, de 11 de janeiro de 1935Aprova o regulamento para fiscalização de explosivos, armas e munições
Comunicado DPC de 09 de agosto de 2003Republicação atualizada da relação de produtos Químicos Controlados e Comunicado do Setor, relativo o publicado no D.O. de 30/09/99
Lei nº 10.357, de 27 de dezembro de 2001.Estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências.
Portaria nº 240, de 12 de março de 2019Estabelece procedimentos para o controle e a fiscalização de produtos químicos e define os produtos químicos sujeitos a controle pela Polícia Federal.
Decreto nº 10.030, de 30 de setembro de 2019Aprova o Regulamento de Produtos Controlados.
Portaria nº 56 – COLOG, de 5 de junho de 2017Dispõe sobre procedimentos administrativos para a concessão, a revalidação, o apostilamento e ocancelamento de registro no Exército para oexercício de atividades com produtos controlados e dá outras providências.
Portaria nº118 – COLOG, de 4 de outubro de 2019.Dispõe sobre a lista de Produtos Controlados pelo Exército e dá outras providências.
Portaria nº147 – COLOG, de 21 de novembro de 2019Dispõe sobre procedimentos administrativos para o exercício de atividades com explosivos e seus acessórios e produtos que contêm nitrato de amônio.
Resolução nº 5.947, de 1º de junho de 2021Atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e aprova as suas Instruções Complementares, e dá outras providências.
Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998Dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.

Está na dúvida se o produto que você quer utilizar é controlado? Mande um e-mail para control@unicamp.br ou ligue para o Escritório de Produtos Controlados/DEPI – 19-3521-8070.

DEPI coordena remoção de mais de 75 toneladas de resíduos contendo amianto na UNICAMP

No dia 25/04/2022 iniciou-se a retirada de resíduos contendo amianto em sua composição, abrangendo 23 Unidades (FCM, Hemocentro, Cemicamp, CEB, HC, Editora, Prefeitura Universitária, FEM, FEA, IQ, IFGW, CCUEC, FUNCAMP, IA, IEL, IB, FEF, Secretaria Executiva, FEAGRI, CAISM, Núcleo de Bioenergia, CPQBA e FCA). As atividades foram concluídas em 04/05/2022, totalizando 75,76 ton, transportadas em 06 viagens para a destinação final em Aterro Classe I.

O que é amianto, como afeta a saúde e como se proteger

O amianto, também conhecido como asbesto, é um grupo de minerais que é formado por fibras microscópicas que eram muito utilizadas em diversos materiais de construção, especialmente em telhados, pavimentos e isolamento de casas.

No entanto, nos últimos anos, foi descoberto que estas fibras podem ser liberadas facilmente no ar com o desgaste dos materiais, fazendo com que sejam aspiradas na respiração. Quando essas fibras chegam no pulmão causam pequenas lesões que aumentam o risco de doenças respiratórias graves ao longo do tempo.

Assim, os materiais feitos a partir de amianto têm sido excluídos da construção, estando presentes apenas em edifícios antigos que não foram ainda reformulados. De acordo com a lei, esses materiais devem ser completamente substituídos, especialmente em locais públicos como escolas e hospitais, por exemplo.

Doenças causadas pelo amianto

or ser um material composto por fibras microscópicas, o amianto pode ser inspirado para os pulmões, onde vai se acumulando e causando inflamação progressiva dos tecidos pulmonares. Quando isso acontece, existe um risco maior de alterações das células do pulmão, o que pode estar na origem de algumas doenças pulmonares.

Algumas das doenças mais comuns em pessoas expostas ao amianto incluem:

1. Asbestose

É uma doença provocada apenas pela aspiração de asbestos para o pulmão e acontece devido à formação de cicatrizes no tecido pulmonar, que leva a uma redução acentuada da elasticidade do pulmão, dificultando a sua expansão e a respiração.

Esta geralmente é uma doença comum em pessoas que trabalharam com este tipo de material e pode demorar vários anos para aparecer.

2. Câncer de pulmão

O câncer de pulmão pode aparecer devido a alterações progressivas das células pulmonares, assim como da inflamação crônica do pulmão.

Embora seja mais comum surgir em pessoas que também têm outros fatores de risco, como fumar e não ter um dieta saudável, pode se desenvolver em pessoas aparentemente saudáveis, apenas devido à exposição prolongada ao amianto.

3. Mesotelioma

Este é um tipo muito agressivo de câncer que se desenvolve no mesotélio, uma fina membrana que reveste o pulmão e outros órgãos vitais da cavidade abdominal e torácica. A exposição crônica ao asbesto parece ser uma das únicas causas confirmadas deste tipo de câncer.

O amianto na UNICAMP

O resíduo contendo amianto é regulado na UNICAMP por meio da Resolução GR-003/2009, de 16/01/2009, que Estabelecem os procedimentos para uso, manuseio, armazenamento e disposição final de materiais contendo asbesto ou amianto (como é mais conhecido).

A Resolução pode ser conferida no link:
https://www.pg.unicamp.br/norma/1557/0

DEPI e Educorp realizam formação de servidores para a elaboração do Plano de Gestão de Resíduos Local

A Coordenadoria de Gestão Ambiental e de Resíduos – GEARE, ligada à Diretoria Executiva de Planejamento Integrado – DEPI, em parceria com a Escola de Educação Corporativa da Unicamp – EDUCORP, finalizou neste mês o ciclo de cursos para elaboração do Plano de Gerenciamento de Resíduos Local – PGRL, para 39 unidades e órgãos geradores de resíduos perigosos, conforme notícia https://www.depi.unicamp.br/depi-geare-realiza-o-2o-edicao-do-curso-online-para-os-facilitadores/

A primeira turma iniciou o curso em outubro de 2020, e foram abrangidas todas as unidades da área da saúde. A segunda e terceira turmas, iniciaram em abril e novembro de 2021, respectivamente. Todas as aulas foram realizadas de forma virtual e síncrona, com carga horária de 10 horas para aulas teóricas, 2 horas de assessoria para cada unidade participante e posterior apresentação dos planos, com carga horária de 8 horas para as apresentações.

Participaram do curso, os responsáveis pelo gerenciamento de resíduos perigosos, indicados por cada unidade ou órgão, os facilitadores e pessoas da comissão ligadas à área. Totalizaram 140 pessoas das seguintes unidades e órgãos: CAISM, CBMEG, CCSNano, CEB, CECOM, CEMEQ, CEMIB, CEPETRO, COTIL, COTUCA, CPQBA, DEPI, DGA, DMA, FCA, FCM, FE, FEA, FEAGRI, FEC, FEEC, FEF, FEM, FEnF, FEQ, FOP, FT, FUNCAMP, Gastrocentro, HC, Hemocentro, IA, IB, IC, IFGW, IG, LACTAD, Prefeitura da Unicamp, SAR.

Das 39 unidades ou órgãos participantes, 35 apresentaram o Plano de Gestão de Resíduos Local. As unidades entregaram seus planos como trabalho de conclusão das atividades.
A próxima etapa será a realização de visitas a algumas unidades ou órgãos, para avaliação das implantações e implementações propostas nos planos.
É premente que haja ações educativas socioambientais de capilaridade em cada unidade ou órgão para execução do PGRL, em busca de uma universidade mais sustentável.

Print Screen de uma aula durante o ciclo de cursos.

Agradecemos a EDUCORP pela parceria e a GEARE pela coordenação e execução dos servidores Maria Gineusa de Medeiros e Souza, Amanda Roberta de Almeida e Washington Roberto Rodrigues da Silva . 

Eficiência energética no GMU completa dois anos e é exemplo de sucesso na UNICAMP através do Campus Sustentável

No dia 11 de abril de 2019, a Unicamp inaugurou no Ginásio Multidisciplinar a 1ª fase do Projeto Campus Sustentável, contribuindo para a redução dos gastos com energia elétrica no campus de Barão Geraldo. O Ginásio esteve entre os primeiros prédios da Universidade a instalar uma usina de energia solar, fundamentada no sistema fotovoltaico, no qual a radiação solar é captada por painéis fotovoltaicos e convertida em energia elétrica.

Lâmpadas de LED na Quadra Poliesportiva

A eficiência energética é obtida através da aplicação de novas tecnologias, que envolve desde a instalação de painéis fotovoltaicos, no telhado do Ginásio, a instalação do equipamento inversor, para a conversão da energia solar em elétrica, até a troca de equipamentos da ponta da cadeia, como as lâmpadas fluorescentes pelas de LED.

O Projeto Campus Sustentável resultou da parceria entre a Unicamp e a CPFL Energia, do Programa de Pesquisa e Desenvolvimento e do Programa de Eficiência Energética da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). Iniciado em janeiro de 2018, a meta estipulou economizar R$ 1 milhão/ano ao fim do projeto e ser um modelo de eficiência energética sustentável a ser replicado em outras instituições de ensino superior do Brasil. A proposta é obter uma economia gradativa no consumo e nos gastos com eletricidade do campus, e dos demais campi da Unicamp.

Equipamento de energia fotovoltaica

A CTGE elaborou uma versão do Plano de Desenvolvimento do Sistema de Gestão da Energia, que foi provada pela Comissão de Planejamento Estratégico Institucional da Unicamp, em abril de 2020.

Este Plano faz parte das metas do Projeto Campus Sustentável. O objetivo é ser referência no modelo de gestão e eficiência energética para as instituições de ensino superior do Brasil e da América Latina.

Pode-se concluir que este Projeto contribuiu para que a Unicamp fosse eleita uma das Universidades mais sustentáveis do Brasil. No ano de 2019 a Universidade se classificou em 4º lugar no ranking nacional do GreenMetric World University Ranking. Esta classificação é feita utilizando os indicadores de sustentabilidade, em seis categorias: paisagem e infraestrutura; energia e mudança climática; resíduos; água; transporte; ensino e pesquisa.
Em 2020, a Unicamp ficou em 100º lugar na escala mundial e em 2021 atingiu a 3ª colocação no ranking nacional do GreenMetric World University Ranking.

Em entrevista, por texto, o Prof. Dr. Luiz Carlos Pereira da Silva relata alguns aspectos dos resultados do projeto implementado no Ginásio Multidisciplinar da Unicamp, dentro destes dois anos:

Prof. Luiz Carlos da Silva, coordenador do programa Campus Sustentável da UNICAMP.

A “conta de luz do GMU” é negativa, ou seja, está sobrando energia ao final do mês… algo em torno de 30 mil kWh por mês. A energia gerada no telhado do GMU é suficiente para o uso próprio, para abastecer totalmente o CDC, e ainda gera um excedente de 30.000 kWh por mês, em média, que se distribui pela rede elétrica na vizinhança do GMU, fornecendo energia em alguns momentos para a BORA, BC e FEF.

Medidores inteligentes instalados no sistema de monitoramento do consumo da UNICAMP, mostram que a energia do GMU chega a atingir o RU, principalmente no período do meio dia. Desde a inauguração da usina observou-se a geração total de 1.435,96 MWh, gerando economia de quase 700 mil Reais para a Universidade.
Interessante também destacar que em todo o período não foi necessário fazer qualquer intervenção em termos de manutenção ou mesmo limpeza do sistema. A experiência com o projeto do GMU demonstra que a universidade deve continuar os esforços para aumentar seu parque de geração fotovoltaica, pois se trata de uma energia limpa, econômica e com baixa necessidade de manutenção. De fato, projetos em andamento irão quadruplicar a geração fotovoltaica dentro do campus, já atingindo 5% do consumo anual da universidade.

Fontes:
Notícias publicadas no site do Campus Sustentável Unicamp:
https://www.campus-sustentavel.unicamp.br/

Texto e fotos por:
Anaisa – Equipe GMU

Divulgação:
Rafael Vianna – Comunicação DEPI

UNICAMP e Eletrobras realizam projeto de Iluminação Pública para cidades inteligentes

Iniciativa, que visa a eficientização da iluminação do campus principal da universidade, funcionará como modelo para ser implementado em municípios do país.

A Eletrobras, por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), firmou um convênio com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) para a implementação de um projeto de eficiência energética em iluminação pública no campus Barão Geraldo da instituição de ensino superior. A iniciativa contempla a substituição das luminárias convencionais pela iluminação de LED e a instalação de um sistema de telegestão inteligente. A ação prevê ainda a elaboração de estudos e pesquisas sobre políticas públicas e tecnologias para Iluminação Pública. Dessa forma, além dos benefícios diretos para a comunidade acadêmica da instituição, a cooperação entre Procel e Unicamp objetiva o desenvolvimento de um modelo para a modernização de parques de iluminação pública municipais que possa contribuir para apoiar a disseminação do conceito de cidades inteligentes no país.

“O parque de iluminação pública das cidades vem assumindo um papel estratégico como principal infraestrutura para implementação do conceito de cidades inteligentes. Levando-se em consideração a sua capilaridade e a disponibilidade da iluminação pública nas cidades, novas possibilidades se abriram em termos de conectividade, monitoramento e aquisição de dados, por meio da implementação das luminárias LED, integradas por meio de um sistema de telegestão. Tendo em vista esse potencial, o projeto visa implementar ações de eficiência energética associadas à pesquisa e desenvolvimento, com base na substituição das luminárias públicas convencionais do parque de iluminação pública da universidade por luminárias LED, assim como dos comandos individualizados convencionais de acionamento (liga e desliga), por um sistema de telegestão inteligente”, contextualiza o analista da Eletrobras / Procel, Daniel Delgado Bouts.

Selo do Procel, de reconhecimento nacional.

Aprovado no 3º Plano de Aplicação de Recursos do Procel (PAR Procel 2020/2021), o projeto de retrofit contempla a iluminação do campus Barão Geraldo, em Campinas, no interior de São Paulo, por onde circulam de 30 a 50 mil pessoas por dia. A ação conta com um investimento total de, aproximadamente, R$ 6.046.350,89, sendo o recurso disponibilizado pela Eletrobras / Procel acrescido de contrapartida da universidade.

Atualmente, a cidade universitária conta com um parque de iluminação composto de 2.615 luminárias de vapor de sódio com potência de 250 watts. Para otimizar o consumo energético, serão utilizadas luminárias de LED de 100 watts, 80 watts e 30 watts. Além da redução da potência instalada, as novas lâmpadas serão dimerizáveis, permitindo o controle do gasto energético.

O sistema de telegestão garantirá a maior eficiência do parque de iluminação, por meio do gerenciamento da utilização das luminárias, da regulagem do fluxo luminoso e do monitoramento dos parâmetros elétricos. A estrutura contará ainda com sensores de monitoramento IoT (Internet of Things). A estimativa inicial da Unicamp é que o projeto proporcione uma redução de, no mínimo, 70% da demanda de iluminação pública do campus. O projeto encontra-se na etapa de aquisição dos materiais e contratação de serviços para instalação das novas luminárias e do sistema de telegestão. A previsão é que, a partir do segundo semestre de 2023, os primeiros resultados já possam ser verificados.

“Hoje, a Unicamp gasta cerca de R$ 35 milhões por ano com energia. Nós estimamos que 6% desse total é iluminação pública. Então, gastamos R$ 2 milhões com iluminação pública. Se nós reduzirmos 70%, vamos ter uma redução anual em torno de R$ 1,5 milhão”, calcula o professor da Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computação da Unicamp, Luiz Carlos Pereira da Silva.

Ponto laranja: poste com 1 luminária; Ponto azul: poste com 2 luminárias; Ponto amarelo: poste com 3 luminárias; Ponto roxo: poste com 4 luminárias
Iluminação na UNICAMP: Ponto laranja: poste com 1 luminária; Ponto azul: poste com 2 luminárias; Ponto amarelo: poste com 3 luminárias; Ponto roxo: poste com 4 luminárias

Além do ganho de economia para a universidade e para os estudantes da área, que poderão acompanhar o processo na prática, a eficientização da iluminação do campus também servirá de base para iniciativas de P&D (Pesquisa e Desenvolvimento) voltadas para a área de Iluminação Pública. Assim, estão previstas pesquisas nas áreas de ciência de dados, automação e inteligência artificial. Estudos para o desenvolvimento de políticas públicas, normas e padrões para a implementação de projetos de iluminação pública para cidades inteligentes também deverão ser realizados, como explica o representante do Procel.

“Ainda na fase de pesquisa e desenvolvimento, será aprofundado o conhecimento em análise de dados para tomadas de decisão, gestão e operação das luminárias, individualmente ou em conjunto, conforme estudos e simulações. Além disso, serão realizados estudos de conforto visual, aplicação de novas técnicas atualizadas, validação de tecnologias e modelos de negócio que demonstrem aplicabilidade, relevância e viabilidade econômica para que pequenos municípios, entre outros, possam aplicar sistemas e soluções semelhantes”, detalha Daniel Bouts.

Como parte das ações de disseminação de conhecimento previstas no convênio, a Unicamp está oferecendo uma disciplina de Iluminação Pública para cidades inteligentes no curso de pós-graduação em Engenharia Elétrica, cuja turma conta com representantes de empresas e prefeituras. Após a implementação do projeto, Procel e Unicamp também planejam a realização de eventos, workshops, apresentações e treinamentos para divulgar a iniciativa para a comunidade acadêmica e o público em geral. Assim, a intenção é que os resultados da cooperação estejam acessíveis à sociedade e possam auxiliar a realização de ações de eficientização da iluminação pública nos municípios do país.

“A Unicamp vai ser um centro de apresentação para gestores municipais. Vamos desenvolver disciplinas e treinamentos e receber visitas de prefeituras interessadas em implantar sistemas inteligentes de iluminação. Vamos ter um laboratório vivo, um projeto que implanta, em um ambiente real, soluções que a gente espera que possam ser replicadas nas cidades, maiores e menores”, afirma o professor da Unicamp.

Iniciativa integra projeto Campus Sustentável da Unicamp

O projeto de eficientização da iluminação do campus Barão Geraldo submetido pela Unicamp à Eletrobras / Procel faz parte da iniciativa Campus Sustentável, que incluiu uma série de ações que visam diminuir o impacto ambiental das operações da unidade de ensino. Nesse contexto, já foram desenvolvidas atividades voltadas para a eficientização de iluminação, mobilidade elétrica, geração de energia fotovoltaica, entre outras. Iniciado em 2017, o trabalho é uma parceria entre a Unicamp e a CPFL Energia, por meio dos programas de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) e Eficiência Energética (PEE) da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O objetivo da ação é se tornar uma referência de gestão de energia e eficiência energética para outras instituições de ensino superior e também para cidades.

De acordo com o professor Luiz Carlos da Silva, que coordena a iniciativa, as ações realizadas por meio do Campus Sustentável têm gerado uma economia anual de R$ 5 milhões para a Unicamp. O recurso será empregado em novas ações de eficiência energética nos próximos três anos. Para este ano, a instituição planeja realizar o projeto Unicamp 100% LED, que prevê a troca de 100 mil lâmpadas convencionais por LED nos prédios da instituição. Também estão na programação o projeto Sustentabilidade no Ar, voltado para a substituição de aparelhos antigos de ar condicionado e uma ação para ampliar a geração fotovoltaica, que já é realizada na universidade. De acordo com os cálculos da Unicamp, a redução do consumo de energia com essas melhorias deverá chegar a 20%.

“Hoje, temos essa corrida pela energia fotovoltaica, micro e mini geração, que são importantes. Mas, se a gente analisar os projetos de eficiência energética, eles são mais interessantes do que os projetos de geração fotovoltaica em relação ao tempo de retorno do investimento. Então, na verdade, a prioridade máxima que deveríamos buscar é a eficiência energética. Primeiro eliminar o desperdício, depois oferecer energia nova. Então, seria a eficiência energética primeiro e a oferta de energia renovável depois”, destaca o coordenador do Campus Sustentável, sobre as ações em planejamento.

Prof. Luiz Carlos da Silva, coordenador do programa Campus Sustentável da UNICAMP.

As atualizações dos trabalhos e demais informações sobre o Campus Sustentável são disponibilizadas na página www.campus-sustentavel.unicamp.br. As medidas adotadas pela universidade no âmbito da iniciativa também estão reunidas na publicação “Campus Sustentável: Um modelo de Inovação em Gestão Energética para a América Latina e o Caribe”. A produção contém um capítulo sobre o projeto realizado com o Procel e é disponibilizada gratuitamente pela instituição para download (https://www.campus-sustentavel.unicamp.br/publicacoes-do-projeto-campus-sustentavel/). Além da versão atual, o livro será traduzido para o espanhol, inglês e francês e difundido para 27 países pela Organização Latino-Americana de Energia (OLADE).

Por Débora Anibolete, para o Procel Info, no link para a notícia original: Clicando Aqui

UNICAMP recebe reitora de universidade equatoriana para ampliar acordos e projetos de sustentabilidade

O reitor da Unicamp, Antonio José de Almeida Meirelles, e Cecília Paredes, reitora da Escola Superior Politécnica do Litoral (Espol), do Equador, reuniram-se na manhã desta quarta-feira (4) para discutir a ampliação do intercâmbio entre as duas instituições. Paredes disse que a Espol tem interesse na expertise da Unicamp na área da saúde. 

A Unicamp já recebe estudantes equatorianos para cursos de mestrado e doutorado
Encontro discutiu a ampliação do intercâmbio entre as duas instituições; a reitora Cecília Paredes disse que a Espol tem interesse na expertise da Unicamp na área da saúde

“Somos uma escola técnica, mas queremos fortalecer outras áreas, em especial a da saúde. Planejamos instalar uma escola de medicina”, afirmou. “Estamos felizes com a visita e nos interessa muito aprofundar nossos programas de intercâmbio”, disse Meirelles.

A Unicamp já recebe estudantes equatorianos para cursos de mestrado e doutorado. Segundo o coordenador do Projeto Campus Sustentável, professor Luiz Carlos Pereira da Silva, 15 alunos de pós-graduação participam hoje de programas desenvolvidos em conjunto pelas universidades. A ideia é ampliar o intercâmbio, com a ida de professores da Unicamp para atuarem na Espol.  

De acordo com o professor, as universidades também estudam a ampliação de acordos para projetos nas áreas de sustentabilidade e a participação conjunta em editais de pesquisa. 

A Unicamp já recebe estudantes equatorianos para cursos de mestrado e doutorado
A Unicamp já recebe estudantes equatorianos para cursos de mestrado e doutorado

Integrou a delegação os professores Carmen Vaca, Guillermo Sorlano, José Cordova, Miguel Torres e Jorge Aragundi. O grupo aproveitou a visita à Unicamp para conhecer o projeto Campus Sustentável, parceria entre a Unicamp e a CPFL Energia iniciada em agosto de 2017. O projeto visa melhorar a infraestrutura do campus e aprimorar o ensino e a pesquisa por meio do desenvolvimento de novas tecnologias, transformando a Unicamp em um laboratório vivo de sustentabilidade energética.

Audiodescrição:  Imagem 6 de 6.

Link para notícia original no portal da UNICAMP:
https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2022/05/04/unicamp-recebe-reitora-de-universidade-equatoriana

Autor
Redação UNICAMP
Fotos
Antoninho Perri
Edição de imagem
Alex Calixto