Foram quatro encontros que aconteceram ao longo dos meses de setembro a novembro de 2019. Neles, em 12 horas de formação, mais de 50 facilitadores puderam discutir seu papel na política de sustentabilidade da Unicamp. O projeto foi idealizado pela equipe do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS) e contou com a participação e coordenação do professor da Faculdade de Tecnologia da Unicamp e Coordenador da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CTEA), Sandro Tonso.
Atualmente a equipe de facilitadores da Unicamp é constituída por mais de 120 funcionários técnicos e administrativos distribuídos em 62 unidades e órgãos da Universidade. “Os facilitadores têm atuado há pelo menos 15 anos na Universidade. Inicialmente sua ação estava restrita à gestão de resíduos perigosos, mas hoje, com a consolidação da política de sustentabilidade na Unicamp, esse papel tem sido ampliado”, conta Gineusa Souza, do GGUS. De acordo com ela, a tendência é que eles atuem cada vez mais como formadores e se envolvam na disseminação de práticas sustentáveis em suas unidades.
A sustentabilidade está presente no Planejamento Estratégico da Unicamp de 2016-2020 no qual a Unicamp se compromete a ser uma instituição promotora do desenvolvimento sustentável. “Isso coloca o desafio de incorporar a sustentabilidade em todas as nossas atividades. Nesse sentido, o papel do facilitador é fundamental”, lembrou Sandro Tonso. Segundo ele, sua atuação vai além da gestão dos resíduos perigosos, englobando uso de energia e de água, gestão de resíduos sólidos como papel etc., incluindo as relações sociais internas e com a comunidade externa. “O comprometimento das unidades, órgãos e núcleos nesse trabalho pode ter um impacto importante na formação de toda a comunidade universitária. Essa é uma contribuição importante da Unicamp para a sociedade como um todo”, disse.
O objetivo dos encontros foi justamente discutir a atuação desses facilitadores, promover maior integração entre eles e compartilhar ações e boas práticas. “Um dos pontos mais positivos em todo o processo foi ouvir as experiências deles, como eles se veem, quais os desafios enfrentam”, contou Gineusa. “Isso vai nos ajudar a delinear melhor a atuação deles em cada unidade. Queremos que isso seja uma construção coletiva, da qual eles também participem”, acrescentou.
Os próximos passos desse projeto envolvem muitos desafios, entre eles consolidar o papel dos facilitadores em toda a Universidade, além de criar uma rede de discussão e troca de experiências entre os facilitadores. Serão criadas algumas ferramentas para isso, incluindo um “Banco de saberes” no site da DEPI, que está em processo de reformulação. Nesse espaço, os facilitadores poderão divulgar ações e boas práticas voltadas à sustentabilidade e enviar perguntas, comentários, buscar informações. “É fundamental manter a motivação e dar apoio técnico a essa equipe, esse é o papel do GGUS”, afirmou Gineusa.
A próxima rodada de encontros dos facilitadores deve acontecer ainda no primeiro trimestre de 2020.