Quantas unidades da Unicamp fazem coleta seletiva de resíduos, existe algum programa para redução do uso de descartáveis plásticos de uso único, você é a favor da supressão do uso de copos plásticos? Essas foram algumas perguntas da pesquisa sobre uso de papel e plástico na Unicamp. Conduzida entre 10 e 24 de setembro, o estudo foi organizado pela equipe do Plano Diretor da Unicamp, em parceria com o Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), ligados à Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI). De acordo com a arquiteta Thalita Dalbelo, que coordena do Plano Diretor da Unicamp, o objetivo da pesquisa é obter subsídios para compor as ações do Plano Diretor da Universidade.
O questionário enviado foi respondido por 408 pessoas. Os resultados desse levantamento indicam que há um bom envolvimento dos órgãos e núcleos da Unicamp em programas de coleta seletiva de resíduos (67,5). Também há diversas iniciativas para redução do uso de descartáveis plásticos, como copos e mexedores (63,6%). CCUEC, Cepetro, CPO, DEPI, IFCH e IQ são exemplos de unidades que eliminaram os copos descartáveis plásticos de uso único. O Cecom mantém o uso apenas para pacientes. Isso se reflete no número total de copos utilizados: em 2016 foram utilizados pouco mais de 12 milhões de copos, em 2018 foram cerca de 10 milhões. Veja abaixo os números do uso de copos plásticos nos restaurantes da Unicamp.
Outro dado importante coletado na pesquisa foi que 88% dos respondentes se declararam a favor da supressão do uso de descartáveis plásticos de uso único na sua unidade. Entre as dificuldades apontadas para a eliminação de copos plásticos está a ausência de copeiros para limpeza de copos e xícaras e ainda a alta frequência de visitantes na universidade.
Veja a apresentação completa, com os resultados da pesquisa clicando aqui.
A vice-reitora da Unicamp, Teresa Atvars, o diretor da DEPI (Diretoria Executiva de Planejamento Integrado da Unicamp) e coordenador do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS – www.hids.unicamp.br), Marco Aurelio Pinheiro Lima, e o diretor da Inova Unicamp, Newton Frateschi, representaram a Unicamp na cerimônia de apresentação do prêmio “Campinas, a cidade mais inteligente e conectada do Brasil“. No evento, o prefeito de Campinas, Jonas Donizetti, compartilhou o bom resultado com diversos setores da sociedade como as universidades, instituições de pesquisa e entidades que representavam empresários e trabalhadores. Donizetti mencionou a importância da criação do HIDS na cidade: “Temos que valorizar essa iniciativa pelo seu potencial de projetar Campinas para o Brasil e para o mundo como uma cidade inteligente e sustentável”, disse.
André von Zuben, secretário de desenvolvimento econômico, social e de turismo, abriu a cerimônia destacando que esta é a primeira vez que uma cidade não capital é eleita como a mais inteligente e conectada do país. O ranking “Connected Smart Cities” é elaborado desde 2015 pela consultoria privada Urban Systems em parceria com a revista Exame. Para compor o ranking foram analisadas 700 cidades, a partir de 70 indicadores distribuídos em 11 setores: mobilidade, urbanismo, meio ambiente, energia, tecnologia e inovação, economia, educação, saúde, segurança, empreendedorismo e governança. Campinas subiu de 21º lugar na primeira edição, em 2015, para o topo em 2019. Em 2016 obteve o 10º lugar; em 2017 ficou com a 8ª posição e, ano passado, esteve em 4º lugar.
O secretário destacou alguns indicadores que colaboraram para que Campinas conquistasse o primeiro lugar no ranking. A quantidade de fibra óptica instalada: “A prefeitura já instalou mais de 300 quilômetros de fibra óptica e até o final do governo esse número deve chegar a 450 quilômetros de fibra interligando escolas, postos de saúde e postos da guarda municipal”, disse. O fato de a cidade contar com cinco parques tecnológicos, os programas de empreendedorismo e o crescimento no número de empresas de tecnologia também ajudaram a colocar Campinas em posição de destaque no ranking. André von Zuben mencionou ainda o baixo índice de mortes no trânsito, a redução da mortalidade infantil e os investimentos em educação básica, segundo ele, maiores do que a média das cidades do Brasil. “Esse prêmio é um reconhecimento para a cidade como um todo, pelo esforço traduzido em ações, buscando oferecer mais serviços para a população e melhorar os que já existem”, afirmou von Zuben.
E-gov – Em sua fala o prefeito Jonas Donizetti falou sobre o investimento de longo prazo que a prefeitura tem feito em várias secretárias no sentido de aumento o escopo do governo eletrônico ou e-gov (uso das tecnologias da informação tanto nos processos internos do governo quanto na entrega dos produtos e serviços para cidadãos e demais usuários). Donizetti citou vários programas de e-gov implantados pela Prefeitura como, por exemplo, a ARI (Aprovação Responsável Imediata), um sistema de aprovação rápida de projetos de construção de pequeno porte para facilitar a emissão de alvarás para residências e estabelecimentos comerciais de até 500 metros quadrados e prédios institucionais (igrejas, clubes, escolas) de pequeno porte. Campinas possui, ainda, o Portal do Zoneamento On-Line. Criado em 2013, o Portal permite que os cidadãos conheçam, de forma clara, acessível e interativa, a lei de uso e ocupação do solo da cidade; quais são as áreas residenciais, comerciais e mistas; as regras de construção e a inscrição municipal dos imóveis (código cartográfico). De acordo com informações da Prefeitura, o zoneamento on-line tem cerca de 30 mil acessos por mês. Ainda esse ano será implantado sistema de monitoramento com câmeras inteligentes na região central da cidade que permite reconhecimento facial. “Essa é uma parceria iniciada em 2018 com a empresa chinesa Huawei e o CPqD.
Parceria com a Unicamp – Ao final de sua fala o prefeito mencionou a importância a criação de um Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável, o HIDS, que vai ocupar um território de mais de 11 milhões de m2. O projeto é uma parceria da Unicamp, Prefeitura de Campinas, Governo do Estado de São Paulo, PUC-Campinas, CPqD e CNPEM. “O BID está concedendo um apoio de US$ 1 milhão a fundo perdido. Temos que valorizar esse projeto que pode projetar Campinas para o país e para o mundo como uma cidade inteligente e sustentável”, finalizou.
O brasileiro produz, em média, um quilo de lixo todos os dias. Grande parte desse volume, entretanto, não teria como destino final os aterros sanitários se fosse manejado e coletado corretamente. Pensando nisso, o Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS) da Unicamp organizou, entre os dias 16 e 23 de setembro, a segunda Semana Lixo Zero. O evento faz parte de um conjunto de iniciativas que visa impulsionar boas práticas de sustentabilidade entre a comunidade acadêmica.
O Lixo Zero é um programa internacional realizado em cerca de 160 países. Na Unicamp, foi realizado pela primeira vez em 2018. A redução do consumo de plásticos e de papel, o incentivo à utilização de composteiras caseiras e a adoção de mudas de árvores foram algumas das ações da edição de 2019. No Restaurante Universitário e no Restaurante Administrativo, foi realizada a semana e o dia sem copo, para estimular o uso de canecas pelos usuários, reduzindo o descarte de plástico.
Conforme Maria Gineusa de Medeiros e Souza, secretária executiva da Câmara Técnica de Educação Ambiental do GGUS, órgão ligado à Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), o objetivo do evento não é centralizar as atividades no GGUS, mas fazer com que as unidades entendam os objetivos do programa e desenvolvam ações próprias. Um total de 22 Unidades Acadêmicas e os órgãos da Unicamp aderiram à Semana, promovendo palestras, workshops e ações de sensibilização e conscientização acerca do melhor gerenciamento de resíduos.
Maria Gineusa pontua que, para sensibilizar a comunidade acadêmica para o assunto, é fundamental a compreensão sobre o que é lixo e o que é resíduo. Quando o lixo é encaminhado ao aterro, explica, ele não tem como ser reaproveitado. Os impactos que esse material traz incluem a emissão de gases tóxicos, a contaminação de solos, os alagamentos e a disseminação de doenças. Mas, caso haja um cuidado no descarte e o material tiver um encaminhamento adequado, ele pode ser reutilizado e voltar para o ciclo de vida. “Você entendendo o que é lixo, tendo mais consciência, na hora que olhar para a sua mão vai decidir se vai descartar aquele tipo de resíduo, se vai virar lixo ou não”, observa.
Atividades da Semana Lixo Zero – Como parte da Semana Lixo Zero, o jardineiro Sebastião Martins Vidal ministrou a oficina de composteiras caseiras, técnica que reduz o lixo orgânico nos aterros e, assim, diminui os gases que provocam o efeito estufa. A compostagem é amplamente utilizada na agricultura familiar e pode ser utilizada nos ambientes urbanos, já que necessita de pouco espaço. No processo da compostagem, é gerado o húmus, matéria orgânica rica que serve de adubo para as plantas. Cerca de 50 composteiras, feitas com os galões de suco dos restaurantes universitários, foram distribuídas após a oficina. “Com esse tipo de composteira que nós estamos fazendo aqui já vai ser umas duas toneladas de cascas que não vão para o lixo”, explicou Sebastião, que também formulou uma cartilha explicando o passo a passo da compostagem.
O jardineiro, conhecido no campus como o “jardineiro-poeta”, também contou que realiza ações durante todo o ano no âmbito da educação ambiental, principalmente com crianças. “Faço um trabalho consciente e lúdico com as crianças. Tiro um pouco eles da formalidade para eles irem para uma coisa mais prática, colocar a mão na massa. E gosto também de contar histórias e envolver a poesia, por isso que meu apelido envolve plantas e poesia”. Com 82 anos, Sebastião não pretende parar o seu trabalho, que une a poesia e o conhecimento ambiental para trazer impactos positivos dentro e fora da Unicamp. “A intenção é fazer uma rede”, relata.
Outra atividade da Semana Lixo Zero foi a entrega de cerca de 50 mudas de árvores, organizada pelo Centro de Saúde da Comunidade (Cecom). Funcionários, docentes e estudantes puderam adotar amoreiras, acácias, aroeiras, uvais e ibiruçus, entre outras espécies, mediante um termo de comprometimento com o cuidado da planta. Além dessa ação, o Cecom promoveu palestras de sensibilização sobre o descarte e gerenciamento de resíduos e tem atividades que ocorrem ao longo do ano.
Rôse Clélia Grion Trevisane, coordenadora adjunta do Cecom, assinala que o Centro possui o Grupo de Gestão Ambiental (GGA), formado por uma equipe multidisciplinar. “Existe um trabalho integrado, partilhado e de troca de experiências. Iniciou pela separação, com a segregação dos resíduos, e hoje se expandiu”, explica. Rôse também conta que a dedicação com a questão ambiental existe desde 1996 no Cecom, com um trabalho interdisciplinar que ela avalia como fundamental para o sucesso das ações.
Ações disseminam-se na Unicamp – As ações de promoção da sustentabilidade não acontecem somente na Semana do Lixo Zero, mas também de forma contínua, para que a sensibilização seja permanente e gere uma mudança de atitude frente à produção de lixo. Aproximadamente 120 facilitadores atuam nas unidades da Unicamp para desenvolver uma interlocução com o GGUS. Eles também são responsáveis pela formação e difusão do conhecimento na unidade.
Além disso, através das oito câmaras técnicas do GGUS, são efetivadas medidas em diversos eixos da sustentabilidade. Com relação aos recursos hídricos, por exemplo, houve a substituição de torneiras e de válvulas dos banheiros por modelos econômicos e planeja-se o reaproveitamento da água da chuva. Maria Gineusa também evidencia que, somente com a educação ambiental, houve uma redução de 15% no desperdício de água desde 2014, quando houve a crise hídrica no estado de São Paulo.
No âmbito do uso de energia, há o projeto Campus Sustentável, voltado para a utilização de energia renovável. Com a instalação de placas de captação de energia solar fotovoltaica, a instituição visa tornar-se um modelo de eficiência energética. Além de ampliar a utilização de uma fonte de energia renovável e limpa, sem geração de poluentes, a Unicamp também passa a economizar com o custo da contas de eletricidade.
O GGUS também está atuando nos indicadores de sustentabilidade para que a Unicamp passe a integrar o ranking GreenMetric. “Nós queremos que ela seja referência nacional e internacional nessa questão”, assinala Maria Gineusa.
Aproveitando a segunda edição da Semana Lixo Zero, que acontece na Unicamp de 16 a 23 de setembro, a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) desenvolveu um formulário para conhecer a opinião da comunidade da Unicamp sobre o uso de papel e plástico. A partir do resultado da pesquisa será possível alinhar as diretrizes do Plano Diretor Integrado da Unicamp. O questionário está disponível no link.
A redução do uso de plástico, especialmente os chamados de uso único, é um dos grandes desafios da educação ambiental. Reportagem publicada na revista Pesquisa Fapesp traz a informação de que os produtos plásticos de uso único, aqueles com vida útil efêmera, são a maior preocupação dos ambientalistas, por serem descartados imediatamente após sua utilização. Entre 35% e 40% da produção atual é composta por esse tipo de material, nos quais se incluem copos, sacolas, canudos, embalagens e talheres descartáveis. Os demais são produtos de longa duração, uma gama diversificada de itens que vai de celulares a peças automotivas, de tubulações para água e esgoto a equipamentos médicos e de informática. Em entrevista para a revista, o professor do Instituto de Química da Unicamp, Salomão Munir Skaf, afirmou que a poluição por materiais plásticos é um grave problema ambiental e requer, para seu enfrentamento, três abordagens complementares: a drástica redução do uso, a substituição por novos materiais (com características similares ao plástico sintético) facilmente degradáveis e a destinação adequada dos resíduos, via coleta e reciclagem.
A Unicamp, por meio do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), promove e incentiva ações para reduzir o uso de plásticos de uso único. A equipe de georreferenciamento localizou essas iniciativas no Mapa Lixo Zero.
Ao longo da Semana Lixo Zero, diversas unidades de ensino e núcleos administrativos vão abolir o uso de copos plásticos. Durante o Fórum Permanente sobre o Hub Internacional sobre o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), que acontece na próxima segunda feira, dia 16 de setembro, os copos que seriam utilizados no café serão substituídos por xícaras de porcelana.
No vídeo abaixo, conheça alguns informações sobre a questão do plástico no mundo.
A área que coordena o Plano Diretor Integrado (PD-Integrado), coordenado pela DEPI, tem uma vaga de estágio aberta.
Podem se candidatar alunos dos cursos de arquitetura e urbanismo e engenharia civil matriculados em instituição de
Ensino reconhecida pelo MEC, e que, no 2º semestre do ano de 2019, estejam cursando a partir do 5º semestre do
curso.
A inscrição deve ser feita via internet, no endereço eletrônico http://www.dgrh.unicamp.br, no período entre 08:00 horas do dia 26/08/2019 e 17:00 horas do dia 09/09/2019, observado o horário de Brasília/DF.
Atenção! A primeira oficina para apresentação do novo modelo de gestão de empreendimentos, marcada para amanhã, dia 27, vai ter início às 14h e não às 9h como foi anunciado anteriormente. A oficina acontece no Auditório do GGBS.
O público-alvo são assistentes técnicos, responsáveis pela manutenção/obras das Unidades/Órgãos e demais profissionais envolvidos no assunto.
Durante a oficina a equipe da DEPI vai expor os novos procedimentos para análise e aprovação de obras e novos empreendimentos na universidade, incluindo a Solicitação Eletrônica de Obras.
Não é necessária inscrição para participar.
Atenção: as solicitações de obra que constam da Planilha Consolidada de Prioridades da PRDU e que ainda não foram priorizadas dentro do novo modelo (listagem também disponível no sitehttps://www.depi.unicamp.br/gestao-de-empreendimentos-nova/), serão devolvidas aos solicitantes para que reavaliem suas demandas e reapresentem-nas na forma eletrônica. Por isso, a participação nas oficinas é de fundamental importância.
Conforme Deliberação CONSU A-019-2019 que dispõe sobre os procedimentos para análise e aprovação de obras e novos empreendimentos na Unicamp, a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) está implantando as ferramentas do novo modelo de gestão de obras.
Com objetivo de esclarecer a comunidade sobre os o novo modelo e ferramentas para gestão de obras e solicitação de novos empreendimentos, a DEPI está organizando uma série de oficinas que vão explicar entre outras coisas sobre a Solicitação eletrônica de obras que será necessária para registro e acompanhamento das demandas de obras no novo modelo. De acordo com Wellington Oliveira, da equipe de gestão de empreendimentos, a novo modelo de solicitação será mais abrangente que os formulários impressos anteriores. “Nas oficinas vamos detalhar a nova sistemática à comunidade e mostrar como vai funcionar a solicitação eletrônica de obras, dar instruções de preenchimento e de acompanhamento da solicitação, além de esclarecer dúvidas gerais”, disse.
Serão três oficinas e não é preciso fazer inscrição para participar:
Terça-feira, 27/08/2019 às 9h
Terça-feira, 10/09/2019 às 14h
Segunda-feira, 16/09/2019 às 14h
Local: Auditório do GGBS – Prédio da DGA
Público-alvo: assistentes técnicos, responsáveis pela manutenção/obras das Unidades/Órgãos e demais profissionais envolvidos no assunto.
Atenção: as solicitações de obra que constam da Planilha Consolidada de Prioridades da PRDU e que ainda não foram priorizadas dentro do novo modelo (listagem também disponível no sitehttps://www.depi.unicamp.br/gestao-de-empreendimentos-nova/), serão devolvidas aos solicitantes para que reavaliem suas demandas e reapresentem-nas na forma eletrônica. Por isso, a participação nas oficinas é de fundamental importância.
O que a comunidade da Unicamp pensa sobre sustentabilidade? Essa foi a pergunta que guiou uma extensa pesquisa conduzida pela Câmara Técnica de Gestão de Ambiente Urbano (CGTAU) que envolveu os três campi da Universidade e cujos resultados são divulgados agora. Os resultados devem ajudar a construir cenários de futuro pelo Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS), ligado à Diretoria Executiva para Planejamento Integrado (DEPI), e que encomendou o estudo.
A pesquisa foi coordenada pela Prof(a). Dr(a). Emília Rutkowski, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC). Segundo ela, o método escolhido para analisar um fenômeno complexo como é a sustentabilidade foi a cartografia social. “O mapeamento participativo, ou cartografia social, é um processo de produção de mapas cujo objetivo é tornar visível e espacializar a associação entre o território e as comunidades locais utilizando a linguagem da cartografia. Diferentes símbolos, camadas e escalas podem ser utilizados para apresentar a informação espacial. Podem estar relacionadas a informações detalhadas de determinado local e, portanto, em menor escala, ou compreender uma área maior (e.g., bacias hidrográficas, áreas verdes, etc.), descrevem os autores do relatório final da pesquisa. Ainda de acordo com os autores, o método da cartografia oferece uma representação social e culturalmente distinta, com informações que não aparecem em mapas padronizados. Os mapas gerados a partir de oficinas de discussão oferecem uma ligação entre a localização e as percepções vividas in loco. “Nas oficinas, cada participante apresenta seu entendimento quanto ao espaço vivido, em diálogo com diferentes percepções. É um método que estimula o envolvimento da comunidade, o pensamento crítico e a ação coletiva, uma vez que permite o compartilhamento de experiências individuais e coletivas”, escreveu.
Além disso, para fazer o reconhecimento de padrões de uso e apropriação dos espaços, em todas as oficinas foi utilizada a legenda do Green Map System, um sistema aberto e padronizado de ícones que serve para identificar lugares potencialmente sustentáveis ou desafiantes para a sustentabilidade. “O uso casado da cartografia social com o Green Map System permitiu a construção de mapas verdes. Os ícones do sistema Green Map foram adaptados para o contexto da universidade e dispostos em três eixos: “Modo de vida sustentável”, “Natureza”, “Cultura&Sociedade” e “Riscos e Desafios”. Cada eixo foi dividido em subtemas.
Cultura – Dentro do eixo Cultura, o mapeamento participativo buscou saber a percepção dos participantes sobre, por exemplo, locais de encontro e de estudos, locais amigáveis para idosos, para crianças, bibliotecas etc. E ainda sobre a existência de serviços públicos de infraestrutura de energia, hospitais, pontos de referência, quiosques de informação e estações de tratamento de esgoto. Sobre os locais de estudo no campus da Unicamp em Barão Geraldo, a cartografia social identificou que há quatro manchas mais fortes, sendo a primeira a Biblioteca Central, a segunda, os vários institutos de ciências puras, como o IEL, o IFGW, IQ e o Imecc. A terceira mancha é a FEEC, onde há um corredor de estudos aberto 24 horas. O quarto local é o Ciclo Básico. Em Limeira, foram mapeados dois pontos como locais de encontros sociais na Faculdade de Tecnologia e em Piracicaba, um ponto na área esportiva que fica na parte de trás do campus da Faculdade de Odontologia da Unicamp.
Um dos mapas gerados no projeto Cartografia Social, mostra resultados do eixo sobre cultura.
Já no ícone “Alimentação Saudável”, que compõe o eixo “Modo de vida sustentável”, foram apontados os três restaurantes universitários, a cantina do IA e a Feira da Praça do Ciclo Básico. No Cotuca foi apontada a cantina do colégio e no CPQBA, outros dois pontos.
Mobilidade – Em relação aos ícones “Ciclovias/Bicicletário”, ligados ao eixo “Modo de vida sustentável”, os participantes das oficinas indicaram três locais de presença mais forte desse tipo de infraestrutura: ao redor do Ciclo Básico, na FEF e na Avenida Professor Atílio Martini, fazendo ligação com a Moradia. Ainda em relação ao tema da mobilidade, o local mais apontado como uma zona de precaução – local de tráfego motorizado intenso, com risco para pedestres, bicicletas e outros veículos não motorizados – foi o balão da Avenida Atílio Martini, próximo à FEF, devido ao seu desenho inadequado.
A percepção dos participantes das oficinas é que há perigo nos locais onde há pouca iluminação, em locais vazios e naqueles onde geralmente já se sabe que ocorrem assaltos. Nos prédios mais isolados do campus, a sensação de risco é maior. No campus da Unicamp, o local apontado com o mais perigoso é a entrada pela Casa do Lago e o segundo, a área hospitalar. Locais considerados mais seguros foram as áreas próximas à Reitoria e a área interna da FEF.
A DEPI, através da equipe técnica do Programa de Georreferenciamento do Acervo Físico e Humano da Unicamp (DEPI-GEO), organizou um banco de dados geográficos com todas as informações coletadas nas oficinas e elaborou um dashboard (aplicativo web), com todas as informações classificadas e disponibilizadas em mapas interativos (web maps) conectados de forma dinâmica a gráficos que quantificam a distribuição de cada ícone. O dashboard pode ser acessado em aqui.
“Os resultados das oficinas de cartografia social configuram uma nova fonte de dados acerca dos campi da Unicamp. Por um lado, os dados técnicos existentes ou produzidos academicamente revelam circunstâncias e situações encontradas no espaço físico. De outro, o trabalho realizado no Projeto de Cartografia Social viabiliza uma maior compreensão da percepção ambiental dos usuários deste espaço. Esta leitura diferenciada dá luz ao seu modo de uso, seus conflitos, dificuldades e propostas sob o ponto de vista daqueles que cotidianamente produzem impressões, opiniões e sugestões para este espaço comum”, descreve o relatório final do projeto.
Como colocar em prática um tipo de desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer o direito a esses mesmos desejos das futuras gerações? Compreender a extensão desse desafio e discutir possíveis soluções estão entre os objetivos da disciplina F014 que tem início na próxima terça feira, 06 de agosto, no Instituto de Física “Gleb Wataghin” (IFGW).
Duas palestras abrem a programação:
O Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS), com o Prof. Dr. Marco Aurelio Pinheiro Lima, docente do IFGW, diretor da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI).
Empreendedorismo: startup para o meio ambiente, com Renato Toi, sócio da Baita Aceleradora.
Trata-se de uma disciplina optativa para alunos de toda a universidade, mas as aulas são abertas a toda a comunidade. Mais informações neste link.
Finalizando a última etapa do conjunto de reuniões de integração da DEPI, no dia 02 de julho, o supervisor de obras da Coordenadoria de Projetos e Obras da Unicamp (CPO), Lucas Oriolo Rodrigues, apresentou a área de Diretoria de Obras para a DEPI. Ele destacou que o papel dessa Diretoria é de ser um órgão fiscalizador, zelando para que os contratos de obras em andamento na Universidade sejam executados dentro das normas vigentes, com qualidade e segurança. A equipe atua desde o planejamento – analisando o local pretendido para implantação da obra; o memorial descritivo, projetos, memoriais do projetista e planilhas, visando a execução e fiscalização da obra – até a fase pós-obra, por meio do suporte às Unidades quanto a garantia.
Rodrigues descreveu o processo de reestruturação da Divisão a partir de 2015, com a constituição de células multidisciplinares na fase de planejamento e aproximação na discussão de casos, pactuações e redefinição de procedimentos com a Divisão de Contratos/DGA. “De acordo com ele, isso passou a estimular as empresas para planejar as obras e permitiu também maior aproximação com a Unidades requerentes da obra. “O resultado foi uma redução no tempo de entrega das obras, um índice que deve melhorar ainda mais nos próximos anos, especialmente com a introdução do novo modelo de gestão de empreendimentos“, disse.
Os atrasos nas obras provocados por algum fator de responsabilidade das empresas caiu de 48,9% (antes da reestruturação) para 34,1% (depois da reestruturação). “Hoje, o principal foco é reduzir o tempo de publicação de aditamento de uma obra para diminuir o tempo de execução”, apontou Rodrigues. Para o Prof. Dr. Marco Aurelio Pinheiro Lima, diretor da Depi, para manter os bons resultados é importante atentar para o tema dos recursos humanos, já que a equipe da diretoria foi reduzida. Ele mencionou ainda que a divulgação de todas as informações da Divisão (com relatórios e fotos das obras) em um portal na internet pode colaborar para aumentar a transparência dos processos junto à comunidade.
Veja a apresentação completa da Divisão de obras, clicando aqui.