A Coordenadoria de Georreferenciamento da DEPI apresentou aos alunos dos terceiros anos dos cursos de Técnico Geodésia e Cartografia e Técnico em Edificações do Colégio Técnico de Limeira (COTIL) o projeto de mapeamento da Unicamp, que faz parte da parceria entre DEPI e Cotil para oferecimento de estágio profissional.
Veja matéria publicadaneste link. Outras informações sobre a parceria aqui.
– Atividades de Secretaria: em regime de revezamento, a equipe irá manter o trabalho presencial de atendimento aos telefones e e-mails da Diretoria, bem como as atividades administrativas desta área. O revezamento irá garantir atendimento presencial em cada um dos prédios da DEPI durante todo o período, garantindo o atendimento institucional.
– Coordenadorias da DEPI: Nenhuma atividade será paralisada. Os Coordenadores das áreas irão orientar e acompanhar suas equipes para que os trabalhos sejam realizados por meio de home office, quando aplicável, e em esquema de revezamento presencial, preservando o princípio de não aglomeração de pessoas nos postos de trabalho.
– Obras em andamento: a execução de obras não será interrompida e as empresas contratadas que executam obras serão comunicadas de que devem trabalhar normalmente. A fiscalização será efetuada considerando os cuidados necessários, evitando reuniões e priorizando o comunicado formal (eletrônico ou em papel) das orientações da fiscalização às empresas contratadas.
As obras para a readequação do prédio do Colégio Técnico de Campinas (Cotuca) começaram neste mês e devem ser concluídas até agosto. A expectativa é que os alunos e professores possam estar, no segundo semestre letivo, já no antigo prédio, de onde precisaram sair em 2014 por falta de condições de uso. A recuperação do local é de responsabilidade da Campinas Decor, em parceria com a Unicamp.
“Para toda a comunidade do colégio a revitalização está sendo fundamental. É uma injeção de ânimo porque estávamos sem o nosso lugar desde 2014. A grande expectativa é ver como o prédio vai ficar e depois colocar toda a infraestrutura para voltar em meados de agosto”, aponta a diretora do Cotuca, Vanessa Petrilli Bavaresco. O Colégio vem funcionando, desde a saída do local, em prédio alugado no bairro Taquaral.
A coordenadora-geral da Unicamp, Teresa Atvars, reforça a importância da articulação entre a Universidade e a Campinas Decor, lembrando que já foram realizadas outras duas revitalizações através da parceria: na Fazenda Argentina e na Estação Guanabara. O retorno do Cotuca ao prédio, avalia, trará benefícios não só à comunidade escolar, mas também ao entorno do local, que acabou perdendo atividades, como estacionamentos e lojas, em decorrência da saída do Cotuca. “É um grande orgulho para a cidade que a gente possa ter essas parcerias e recuperar as edificações históricas. Vai ser um ganho muito grande para os alunos, para os professores e para a própria cidade, que ganha um espaço qualificado”.
O fato de se tratar da conservação de um prédio importante história da educação em Campinas, e tombado como Patrimônio Histórico, também é ressaltado por Teresa como um motivo de felicidade para a Unicamp. “Esse prédio é espetacular. Não é só um prédio antigo, é emblemático da história da educação de Campinas. Além de ter a questão arquitetônica, ele traz a história da educação campineira”, afirma.
Os elementos históricos, na revitalização, não serão alterados, garantindo sua preservação, explica a coordenadora da Campinas Decor, Sueli Cardoso. O foco é a manutenção. Além disso, a rede elétrica e hidráulica serão totalmente refeitas, para que atendam às necessidades do Colégio. Sueli também salienta a relevância, para a Campinas Decor, de atuarem na readequação de um prédio público. “Para a gente foi muito gratificante porque estamos pegando um prédio histórico, uma joia da nossa cidade, pouco conhecido e pouco valorizado, e poderemos devolvê-lo para ser usado, e bem usado, com o retorno do Cotuca”, diz. A Campinas Decor, maior mostra na área de arquitetura, decoração e paisagismo do interior de São Paulo, realiza a sua exposição de 2020 entre abril e maio. Nos meses subsequentes, o espaço será adequado para o retorno do Cotuca.
O prédio – Localizado na Rua Culto à Ciência, na região central de Campinas, o prédio batizado de “Complexo Bento Quirino” foi concluído em 1918 pelo engenheiro e arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo. A construção foi realizada com a recomendação de que ali funcionasse um colégio técnico, pedido realizado em testamento pelo vereador abolicionista Bento Quirino dos Santos, falecido em 1915. Em 1967 o Cotuca é fundado e passa a funcionar nas instalações.
Segundo a organização do Campinas Decor, a reestruturação do espaço custará entre R$10 e 12 milhões. A Unicamp financia parte de obra, com R$2,8 milhões. O valor, já previsto no orçamento aprovado em 2019, é relativo à estrutura da cobertura, aquisição de materiais e contratação de serviços.
Estão abertas vagas para alunos contemplados com bolsa BAS (Bolsa Auxílio Social) para os projetos:
Georreferenciamento do acervo físico e humano da Unicamp
Web Maps dos ambientes internos da Unicamp, da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI). O projeto consiste em transformar plantas das edificações da Universidade em Web Mas interativos,com informações quantitativas e qualitativas dos ambientes internos, utilizando ferramentas de geoprocessamento (ArcGIS Pro, Arc GIS Online e AutoCAD.
Os interessados podem se inscrever em um dos projetos a partir de 23/02/2020 no site do SAE (sistema SIG). Só podem se inscrever alunos aprovados no processo de seleção do SAE.
Para maiores informações sobre os projetos enviar e-mail para Vanderlei (vand@unicamp.br) ou Milene (milenec@unicamp.br) ou ligar para 3521-2564.
O editorial do jornal Correio Popular do dia 05 de fevereiro destaca a parceria da Unicamp com o Campinas Decor no projeto de revitalização do prédio do Colégio Técnico da Unicamp (Cotuca).
O prédio, no centro da cidade de Campinas, estava fechado desde 2014 por problemas na estrutura do telhado. O prédio é tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) e pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat), subordinado à Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo. Por meio da parceria ele está sendo revitalizado para receber a próxima mostra de decoração e arquitetura do Campinas Decor. A partir do segundo semestre desse ano, o Cotuca volta a funcionar lá. Segundo o texto do jornal: “A conservação e recuperação de edificações de interesse arquitetônico, cultura e turístico são temáticas que merecem destaque permanente em Campinas (…). As parcerias público-privadas são uma das alternativas muito bem-vindas neste caminho”.
Com o objetivo de apresentar e discutir coletivamente a questão ambiental, o conceito de sustentabilidade e o papel da Educação Ambiental para a compreensão e enfrentamento destas questões, a Faculdade de Tecnologia da Unicamp está oferecendo a disciplina Educação Ambiental (AM-016) no campus de Barão Geraldo.
Coordenada pelo professor Sandro Tonso, a disciplina é oferecida desde 1998 e é aberta a estudantes, funcionários e técnicos da área de instituições públicas e privadas da nossa região. A ideia é estabelecer um ambiente dialógico, inclusivo e interdisciplinar.
Neste 1°semestre de 2020, o curso vai acontecer na sala PB-02, às quartas-feiras, das 08h até as 12h, com início em 04 de março de 2020.
Mais informações nesse link ou com o professor Sandro Tonso (19-98118-1825 – TIM e WhatsApp).
No último dia 19 de dezembro toda a equipe da DEPI se reuniu para fazer um balanço das atividades de 2019. “Mais do que avaliar o que foi feito, queremos compartilhar os bons resultados e avanços obtidos nesse ano”, disse o diretor da DEPI, Prof. Dr. Marco Aurelio Pinheiro Lima.
A assessora e coordenadora de planejamento da DEPI, Talita Mendes, abriu as apresentações, agradecendo a presença de todos. Ela explicou sobre as mudanças no organograma da DEPI, após a aprovação da certificação. Ela ainda fez um balanço da área de Projetos da DEPI: dos 32 projetos contratados, 27 foram concluídos e cinco estão em fase final. Ela mencionou, também, o projeto de avaliação dos sanitários do campus, que envolveu visitas a um total de 567 conjuntos de banheiros, dos quais 65% dos sanitários foram avaliados como bons. Entre as atividades de Suporte dessa área, foram analisados aproximadamente 45 pedidos de espaço. A DEPI participou de sete em oito reuniões da Copei durante o ano, com um total de 15 apresentações, sendo que todas as demandas e projetos submetidos foram aprovados.
Mayara L. Araújo Pires, responsável pela área de recursos humanos, destacou que o trabalho de mediação entre a Educorp e os funcionários da DEPI resultou em um bom aproveitamento das vagas de cursos de qualificação oferecidos pela Escola. Além disso, ela mencionou a criação da Comissão de Integração e as ações para promoção da saúde e bem-estar dos profissionais da Diretoria.
A área de comunicação foi implementada na DEPI em 2019 com objetivo de ampliar sua visibilidade e seus diversos projetos, fortalecendo as parcerias e as possibilidades de engajamento social, bem como promover uma melhor articulação entre a Unicamp e sua comunidade. Entre as ações implementadas pela jornalista Patricia Mariuzzo estão a reorganização do site da DEPI onde foram publicadas 33 notícias, além dos eventos organizados pela Diretoria. As ações da área também resultaram em notícias e notas publicadas no Jornal da Unicamp, Portal da Unicamp e UnicampTV. Também foram criadas contas no Facebook visando ampliar os canais de comunicação e o público da DEPI.
Ao falar sobre a Coordenadoria de Gestão Técnica, Lucas Oriollo Rodrigues destacou que, por conta dos passivos e do processo de certificação da DEPI, 2019 foi um ano de transição e reorganização dessa área. A equipe do cadastro prestou assessorias técnicas à Procuradoria Geral (PG) em assuntos relacionados à Cemicamp, Recreio 26, Fazenda Argentina, entre outros. A seção de engenharia elaborou um total de 22 pastas técnicas para licitação de obras e serviços de engenharia. Lucas também apresentou um balanço do trabalho da Coordenadoria de Fiscalização de Obras da DEPI, que teve 21 contratos fiscalizados, 12 concluídos e nove em execução, destacando o bom resultado no número de obras entregues dentro do prazo (83%), além de nenhum contrato rescindido no período.
Vanderlei Braga apresentou os projetos em desenvolvimento e ações futuras da Coordenadoria de Georreferenciamento do Acervo Físico e Humano. O projeto “Web map” dos ambientes internos da Unicamp, por exemplo, teve seu primeiro e segundo ciclos finalizados. Foi iniciado o último ciclo de levantamentos com finalização prevista para o primeiro semestre de 2020. Vanderlei mencionou, também, a parceria com o Cotil por meio da qual alunos dos cursos em edificações e em geodésia e cartografia estão fazendo estágio com supervisão e suporte técnico da DEPI. Entre os desafios para 2020, estão colocar o site (portal de web maps do acervo georreferenciado) em pleno funcionamento, bem como disponibilizar ferramentas de busca para facilitar a localização das informações pelo público interno e externo.
A área de Gestão Ambiental e de Resíduos foi apresentada por Maria Gineusa, Jorge Florêncio, Claudemir Bocayuva e Washington da Silva. Entre os projetos realizados ao longo de 2019, foram mencionados a revisão do Programa de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil (PGRCC) e do Procedimento de Trabalho para Elaboração do Plano de Gestão de Resíduos Locais (PT- PGRL). Gineusa Sousa destacou, ainda, o Projeto de Formação com os facilitadores coordenado pelo Prof. Dr. Sandro Tonso, a apresentação dos trabalhos acadêmicos no Workshop do Green Metric em Lavras e a Semana Unicamp Lixo Zero que inclui, entre suas atividades, a oficina de compostagem.
Wellington de Oliveira apresentou os projetos e ações desenvolvidos pela área de gestão de empreendimentos em 2019, com destaque para a implementação do novo modelo de gestão de empreendimentos na Unicamp que incluiu, entre outros, a constituição do Comitê de Empreendimentos, a normatização da cadeia de decisão e a constituição do primeiro bloco de demandas em obras, com 53 demandas, estimadas em R$ 119 milhões. Para esclarecer a comunidade da Unicamp sobre o novo modelo de gestão foram realizadas oficinas, apresentação do novo modelo para a Comissão Assessora de Acessibilidade da Unicamp e atuação junto aos dirigentes e órgãos da Universidade. Além disso, foi elaborado um novo formato para o site dessa área, com tratamento de dados em painéis visuais interativos.
O projeto do Hub Internacional para o Desenvolvimento Sustentável (HIDS) foi apresentado pelo assessor da DEPI, Prof. Dr. Marcelo Cunha. Ele destacou os avanços no projeto, com a adesão de novos atores (como a Embrapa, a Facamp, o Instituto Eldorado e a TRB Pharma), o “congelamento” da proposição da Lei de Zoneamento na área do HIDS pela Prefeitura Municipal de Campinas e o apoio formal do Governo do Estado de São Paulo ao projeto do HIDS. Ele informou, ainda, que o financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) foi aprovado e que os recursos devem começar a ser liberados em fevereiro de 2020. O principal desafio para 2020 é entregar os “produtos” para o planejamento do HIDS, especialmente o master plan, que irá guiar a formulação de uma lei de zoneamento alinhada com os princípios do HIDS.
Anderson de Oliveira Venturini e Mario Mitsuo Akita descreveram os projetos da área de informática, entre eles: Manutenção; Transição CPO/DEPI (mudanças de identidade visual, documentos e estrutura organizacional em nível de sistema); Autenticação Unicamp (login SISE); Coag (sistema do governo estadual para cadastro das obras públicas do Estado de São Paulo); Cronograma e Subsídios (coleta de dados para fase de execução); Sistema de solicitação de obras e Integração ArcGIS; Novo Template (Nova interface gráfica para o sigpod) e Integração Sigad (preparação para ler e enviar dados de documentos para o sistema da Unicamp) e início do desenvolvimento da Rede Sustentabilidade para os Facilitadores do GGUS.
A equipe do Plano Diretor Integrado da Unicamp organizou cinco oficinas para explicar sobre o Plano para a comunidade. O Plano foi apresentado na Conferência da Rede Internacional Campus Sustentável (ISCN) que aconteceu na USP. Thalita Dalbelo elencou, ainda, outros projetos nos quais a área está envolvida: o master plan do HIDS; recuperação do Cotuca; projetos de infraestrutura urbana de redes; projetos ambientais e projetos de acessibilidade. Um dos resultados mais relevantes dessa área em 2019 foi a boa colocação da Unicamp no Green Metric, sistema de ranqueamento criado pela Universitas Indonesia (UI) com o objetivo de classificar as universidades de todo o mundo a partir de indicadores de sustentabilidade. A Unicamp ficou em 4º lugar entre as universidades brasileiras. No ranking mundial, que avaliou 780 universidades, a Unicamp está entre as 100 instituições mais sustentáveis, no 80º lugar.
As apresentações estão disponíveis nos links abaixo.
A Unicamp ficou em quarto lugar no UI GreenMetric World University Ranking entre as universidades brasileiras. O resultado foi divulgado na última terça-feira (03/12) pela Universitas Indonesia que criou o ranking em 2010 com objetivo de classificar as universidades de todo o mundo a partir de indicadores de sustentabilidade. No Brasil, 28 universidades participam do ranking atualmente. A USP ocupa o primeiro lugar, seguida pela Universidade Federal de Lavras (UFLA) e pela Universidade Positivo, instituição privada com unidades em Curitiba e Londrina, no Paraná.
No ranking mundial, que avaliou 780 universidades, a Unicamp está entre as 100 instituições mais sustentáveis, no 80º lugar. “Ficamos na 4ª posição no ranqueamento nacional e em 80ª no mundial. Acredito que seja um verdadeiro reflexo do nosso contexto. É preciso considerar que os indicadores se referem apenas ao campus Zeferino Vaz. Os próximos passos incluem aperfeiçoar a coleta dos dados que compõem os indicadores, incluir todos os campi, definir metas a partir da análise dos indicadores de 2019 e melhorar a sustentabilidade nos campi da Unicamp nos próximos anos”, afirmou a arquiteta e urbanista da Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI), Thalita Dalbelo, representante da Unicamp junto ao UI GreenMetric (veja entrevista ao final do texto).
A posição final no ranking é a soma da pontuação dos indicadores de sustentabilidade coletados em seis categorias: paisagem e infraestrutura, energia e mudança climática, resíduos, água, transporte e ensino e pesquisa.
Os indicadores de “paisagem e infraestrutura”, por exemplo, avaliam a situação da universidade em relação às construções, áreas verdes e população do campus. As universidades mais sustentáveis são as que possuem mais áreas abertas, permeáveis e com florestas. Entre os indicadores dessa categoria estão a relação da área de espaço aberto em relação à área total, área do campus com cobertura florestal, área para absorção de água e orçamento da universidade para um esforço sustentável. Já a categoria “energia e mudança climática”, responsável por 21% da pontuação total, traz indicadores relacionados ao uso de energia renovável, de equipamentos eficientes, construções ecológicas, entre outros. Nesse caso, espera-se que as universidades intensifiquem seus esforços na direção de maior eficiência energética.
Uma das categorias em que a Unicamp obteve um bom resultado foi “resíduos”, que tem como foco o tratamento e reciclagem de resíduos diversos. Para Dalbelo isso é resultado de ações já em curso na Universidade, como por exemplo o Programa Institucional de Gerenciamento de Resíduos Biológicos, Químicos e Radioativos da Unicamp, aprovado pelo Consu em 2003. Além disso, em 2016 o Plano de Gestão de Resíduos foi revisado pela Câmara Técnica de Gestão de Resíduos, ligada ao Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS). Há também o Programa de coleta e controle da destinação de resíduos, coordenado pela Divisão de Meio Ambiente (DMA), da Prefeitura do campus.
Para o diretor da DEPI, professor Marco Aurelio Pinheiro Lima, a importância do resultado é trazer um diagnóstico da situação da Unicamp hoje: “A partir desses indicadores estabelecer ações para melhorar”. Essa também é a opinião do professor José Antonio Rocha Gontijo, chefe de gabinete da reitoria da Unicamp: “Foi muito boa a notícia do reconhecimento da Unicamp como uma das melhores posicionadas no GreenMetric logo na primeira aplicação e com indicadores seguramente auditáveis. Além de comemorar o posicionamento, o importante agora é definir novas metas, corrigir, ampliar e qualificar nossos indicadores”, afirmou.
Boas práticas – Com objetivo de disseminar a metodologia do GreenMetric e favorecer a troca de experiências sobre boas práticas na área de sustentabilidade, a Universitas Indonesia organiza workshops locais para reunir as universidades que participam do ranking em cada país e para incentivar a adesão de mais instituições. Em agosto do próximo ano, a Unicamp vai sediar 4th National Workshop on Ui Green Metric World University Rankings for Brazilian Universities 2020. “As universidades brasileiras que estão nas melhores posições em 2020 melhoraram suas pontuações em relação ao ano passado. Podemos aprender muito com elas, principalmente no evento que ocorrerá aqui – 24 e 25 de agosto de 2020”, disse Dalbelo. “Estamos organizando a análise dos indicadores para um plano de ação e todas as contribuições são muito bem-vindas”, finalizou.
Entrevista Thalita Dalbelo
Representante da Unicamp junto ao UI Green Metric, a arquiteta e urbanista, Thalita Dalbelo, que também é coordenadora do Plano Diretor da Unicamp, fala sobre os desafios da Unicamp para subir de posição no ranking de sustentabilidade.
Como surgiu a iniciativa de entrar nesse ranking e qual a importância dele?
Em 2019, o Plano Diretor Integrado, em busca de mensurar a sustentabilidade dos campi da Universidade para criar planos de melhoria, encontrou no sistema de ranqueamento UI GreenMetric um bom mecanismo para avaliar e medir nosso panorama em relação à sustentabilidade universitária, transversalizar a sustentabilidade na Unicamp, estabelecer uma comparação entre as demais universidades participantes e, principalmente, para estabelecer metas pontuais de melhoria. A importância do sistema de ranqueamento não está na concorrência entre universidades, mas na troca de experiências, análise crítica e na busca de melhores resultados.
Como foi o processo de coleta de dados? Qual foi o principal desafio nesse processo?
O processo de coleta de dados para elaboração dos indicadores do sistema UI GreenMetric envolveu a formação de um Grupo de Trabalho, composto por representantes da DEPI, da Prefeitura do Campus, do NEPAM, da Unitransp, do Escritório Campus Sustentável, das Pró-Reitorias de Graduação, Pós-graduação e de Pesquisa e da CGU. Foi um processo com muitos desafios: muitos indicadores precisam de dados específicos de unidades e órgãos para serem elaborados e esses dados não estão disponíveis em plataformas ou concentrados em um banco de dados específico. Foi necessário solicitar informações a cada uma das unidades. Muitas responderam, mas as que não enviaram as respostas certamente poderiam ter feito a diferença no indicador final. Outro grande desafio foi o entendimento sobre a sustentabilidade, pois não há um conceito único que a defina.
Qual a razão de não incluir os campi de Limeira, Paulínia e Piracicaba?
Para esse ano, os indicadores elaborados consideraram dados apenas do campus Zeferino Vaz porque é o campus que tem mais dados disponíveis e, ainda assim, muitos deles precisaram ser gerados especialmente para esse trabalho. Possuímos muito poucos dados dos demais campi e esse é outro grande desafio para os próximos anos: integrar todos os campi ao sistema de ranqueamento UI GreenMetric.
O resultado ficou dentro do esperado?
De acordo com a estimativa inicial, a pontuação final da Unicamp ficou dentro do esperado. Imaginávamos que, com essa pontuação, fossemos conseguir melhor posicionamento, mas o que percebemos foi que as demais universidades participantes, progrediram bastante em relação ao ano passado.
Quais os próximos passos?
A busca por melhores indicadores de sustentabilidade na universidade deve ser contínua. Temos duas questões a serem trabalhadas: a coleta de dados deve ser mais precisa, abrangente e dinâmica e, agora que sabemos a situação em que a universidade está, devemos fazer um plano de ação para melhorar. Nos dois casos, é imprescindível a integração de toda a comunidade da Unicamp. Os técnicos entendem os principais problemas dos campi, os docentes e pesquisadores têm as soluções mais atualizadas e os alunos, a criatividade necessária para as propostas de melhoria. É necessário tornar o tema transversal para que a Unicamp seja uma universidade sustentável: desde o conceito de sustentabilidade, passando por uma plataforma centralizada de dados e até um plano de ação que envolva toda a universidade. Continuaremos a submeter nossos indicadores em sistemas de ranqueamento e a propor ações de melhoria. Mas também é necessário apoio da administração, dos usuários, docentes, pesquisadores, funcionários e alunos.
Foram quatro encontros que aconteceram ao longo dos meses de setembro a novembro de 2019. Neles, em 12 horas de formação, mais de 50 facilitadores puderam discutir seu papel na política de sustentabilidade da Unicamp. O projeto foi idealizado pela equipe do Grupo Gestor Universidade Sustentável (GGUS) e contou com a participação e coordenação do professor da Faculdade de Tecnologia da Unicamp e Coordenador da Câmara Técnica de Educação Ambiental (CTEA), Sandro Tonso.
Atualmente a equipe de facilitadores da Unicamp é constituída por mais de 120 funcionários técnicos e administrativos distribuídos em 62 unidades e órgãos da Universidade. “Os facilitadores têm atuado há pelo menos 15 anos na Universidade. Inicialmente sua ação estava restrita à gestão de resíduos perigosos, mas hoje, com a consolidação da política de sustentabilidade na Unicamp, esse papel tem sido ampliado”, conta Gineusa Souza, do GGUS. De acordo com ela, a tendência é que eles atuem cada vez mais como formadores e se envolvam na disseminação de práticas sustentáveis em suas unidades.
A sustentabilidade está presente no Planejamento Estratégico da Unicamp de 2016-2020 no qual a Unicamp se compromete a ser uma instituição promotora do desenvolvimento sustentável. “Isso coloca o desafio de incorporar a sustentabilidade em todas as nossas atividades. Nesse sentido, o papel do facilitador é fundamental”, lembrou Sandro Tonso. Segundo ele, sua atuação vai além da gestão dos resíduos perigosos, englobando uso de energia e de água, gestão de resíduos sólidos como papel etc., incluindo as relações sociais internas e com a comunidade externa. “O comprometimento das unidades, órgãos e núcleos nesse trabalho pode ter um impacto importante na formação de toda a comunidade universitária. Essa é uma contribuição importante da Unicamp para a sociedade como um todo”, disse.
O objetivo dos encontros foi justamente discutir a atuação desses facilitadores, promover maior integração entre eles e compartilhar ações e boas práticas. “Um dos pontos mais positivos em todo o processo foi ouvir as experiências deles, como eles se veem, quais os desafios enfrentam”, contou Gineusa. “Isso vai nos ajudar a delinear melhor a atuação deles em cada unidade. Queremos que isso seja uma construção coletiva, da qual eles também participem”, acrescentou.
Os próximos passos desse projeto envolvem muitos desafios, entre eles consolidar o papel dos facilitadores em toda a Universidade, além de criar uma rede de discussão e troca de experiências entre os facilitadores. Serão criadas algumas ferramentas para isso, incluindo um “Banco de saberes” no site da DEPI, que está em processo de reformulação. Nesse espaço, os facilitadores poderão divulgar ações e boas práticas voltadas à sustentabilidade e enviar perguntas, comentários, buscar informações. “É fundamental manter a motivação e dar apoio técnico a essa equipe, esse é o papel do GGUS”, afirmou Gineusa.
A próxima rodada de encontros dos facilitadores deve acontecer ainda no primeiro trimestre de 2020.
O Colégio Técnico de Limeira (COTIL/Unicamp) firmou hoje uma parceria de estágio com a Diretoria Executiva de Planejamento Integrado (DEPI) da Unicamp que resultará em um Web Map da instituição. Além de fornecer subsídios para avanços na gestão da universidade, a parceria irá preparar os alunos dos cursos de Edificações e Geodésia e Cartografia para as necessidades do mercado de trabalho.
O projeto realizado em Limeira irá integrar todo o mapeamento feito pela Unicamp, que reunirá características físicas e estruturais dos seus ambientes internos e externos, permitindo o desenvolvimento de aplicativos. Número e localização das salas, departamentos, descrições de estacionamentos, postes, árvores e outros dados farão parte do mapeamento. Além de possibilitar a obtenção de dados para o aprimoramento da gestão dos espaços, ações e planejamento territorial, a parceria vai ao encontro da política de transparência da Universidade.
O reitor da Unicamp, Marcelo Knobel, destacou a relevância da parceria de estágio com o COTIL e lembrou que o mapeamento poderá ser aperfeiçoado de maneira constante, inclusive com o fornecimento de informações ainda mais detalhadas futuramente. Também mencionou que esse trabalho é um dos exemplos de retorno da atividade acadêmica em benefício da sociedade.
Durante a assinatura da parceria, o diretor geral do COTIL, José Roberto Ribeiro, mencionou a importância da ampliação das atividades de estágio e da contribuição do COTIL com os demais órgãos da Unicamp.
Segundo Marco Aurélio Pinheiro Lima, diretor executivo da DEPI, a participação dos alunos irá enriquecer o processo de planejamento da universidade. “A missão da Unicamp é formar bem seus alunos, mas os alunos também podem ajudar a formar a universidade, de maneira criativa”, enfatizou.
A cerimônia contou a presença de professores, coordenadores e alunos que integram o projeto. Karina Alves, do terceiro ano de Edificações, afirmou que a possibilidade de estágio na própria instituição é muito importante para o aprendizado e compreensão das necessidades das empresas.